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Saúde Conheça personagens ativas no vai e vem da sedução

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Madame de Pompadour foi a quinta amante do rei Luís XV. (Crédito: Reprodução)

Na história da luxúria, Madame de Pompadour e Madonna têm mais em comum do que se pode imaginar. Amantes da diversão e focadas em suas funções, elas souberam usar o corpo em benefício próprio, construindo, assim, um círculo de poder, cada uma em sua época.

Pompadour foi a quinta amante do rei Luís XV, a primeira plebeia. Treinada nas artes das cortesãs, chegou à corte depois de casar-se com um nobre. Em quatro anos, tornou-se maîtresse-en-titre, “cargo” que exerceu por 20 anos, apesar de ser frígida. Soube entreter o rei com outras armas e foi uma rainha informal da França
Madonna está no outro extremo da parte que cabe às mulheres na história da luxúria. Surgida no início dos anos 1980, em pleno pós-feminismo, a rainha do pop não precisou casar-se, gerar um herdeiro ou entreter o rei para ganhar poder. Ao contrário, ela usou o sexo com autoridade, mesclando sacanagem nua e crua com mensagem política: falou sobre aborto, amor livre, levantou a bandeira da liberdade para o prazer e o corpo das mulheres. E nem falamos do hit “Like a virgin”…

“Grande parte da história da luxúria foi escrita pelos homens, já que por muito tempo as mulheres foram consideradas cidadãs de segunda classe”, explica o jornalista Maurício Horta. Comparando esses personagens, é possível perceber como o papel delas foi mudando no decorrer da história, passando de fonte da luxúria, o ser que faz o homem perder a razão, a uma sexualidade ativa, voltada para o próprio prazer.

 

Freud chamou atenção para a sexualidade feminina.

 
Como todos os sete pecados capitais, o conceito de luxúria é uma invenção cristã. Antes disso, os gregos falavam de autocontrole, os romanos de uma vida virtuosa — nada que colocasse o sexo como algo negativo, a ser evitado. Muito pelo contrário: em certas culturas antigas, o ato sexual se aproximava do sagrado, acontecendo inclusive durante cerimônias religiosas.

Quando o Papa Gregório I consolidou a lista dos pecados capitais, no século VI, ele os escolheu pela capacidade que tinham de induzir o indivíduo a outros pecados. A luxúria não é um ato específico, mas uma ideia que pode levar à fornicação e à sodomia, por exemplo. “A partir daí, a Igreja passou a ter controle sobre os pecados. Cada sonho tinha que ser contado no confessionário. O pior: como tudo era pecado, era impossível não ser um pecador”, diz Horta.

Ele conta que essas definições do que era proibido e aceito dentro de cada sociedade foram criadas para determinar a identidade de grupos diferentes: “As religiões monoteístas, por exemplo, instituíram que o pecado não atinge apenas o indivíduo, mas a Deus. É uma carga maior para as pessoas carregarem”.

Foi só com Freud e a psicanálise que um novo espaço para se lidar com a culpa foi aberto. Foi graças a ele também que as mulheres tornaram-se sujeitos de sua sexualidade.

“Quando Freud fala da histeria e das fantasias sexuais, ele abre a discussão para o que está no entorno das mulheres”, explica a psicanalista Mônica Donetto Guedes. (AG)

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