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Brasil Conselheiro de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o ex-ministro Delfim Netto sempre esteve ao lado do poder. Durante o regime militar, foi do milagre econômico à explosão da inflação

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Delfim Netto morreu no último dia 12. (Foto: Agência Brasil)

Personificação da economia brasileira durante a ditadura militar (194-1985), o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Delfim Netto volta à cena com a Operação Lava-Jato. Ao longo de sua vida pública, o economista sempre esteve ao lado do poder. Fez parte de governo ,militares, passou cinco vezes pelo Congresso como deputado e exerceu influência nos governos civis de José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Deu conselhos a Dilma Rousseff e foi procurado por Michel Temer.

Após passagens por cargos públicos, Delfim chegou à Fazenda em 1967. Aos 38 anos, era o mais jovem do Ministério e ficou no cargo até 1974, sendo então o único a participar de três governos desde a República.

Aos 89 anos, Delfim é marcado tanto por sua política econômica quanto pela atuação nos bastidores da ditadura. Participou em 1968 da criação do AI-5 (Ato Institucional nº 5) – símbolo dos Anos de Chumbo, que aumentou os poderes do presidente e restringiu o direito a habeas corpus. Em depoimento à Comissão da Verdade da Câmara de São Paulo, em 2013, o economista afirmou não se arrepender de ter sido um dos elaboradores do AI-5.

Delfim foi apontado como um dos arrecadadores de recursos para a Operação Bandeirante, criada pelo Exército em 1969 para combater organizações armadas de esquerda. Delfim nega, assim como coloca em xeque a existência de tortura durante o regime militar.

“Uma vez perguntei ao presidente Médici se havia tortura. Ele me disse que não. Nós ouvimos, como todos, coisas aqui e ali. Acreditei nele”, disse ao jornal O Globo em março de 2014.

Durante a era Delfim na Fazenda, o País mergulhou no período mais obscuro da ditadura militar. Mas foi também a época do “milagre econômico”, quando o brasil viveu um forte crescimento econômico (1967-1973). Tudo isso chegaria ao fim,com a queda da Bolsa e a crise do petróleo. Mario Henrique Simonsen, que sucedeu Delfim na Fazenda, declarou à época que a inflação divulgada por seu antecessor era falsa, mostrava índices irreais.

Depois de um período como embaixador na França, Delfim voltou ao Brasil em 1978 e assumiu a Agricultura. Em 1979, no governo do general João Baptista Figueiredo, o economista assumiu o Planejamento, com forte influência na Fazenda. A economia desaqueceu, os juros aumentaram e a dívida externa disparou, culminando com o Brasil no Fundo Monetário Internacional.

Anos mais tarde, Delfim se tornaria um dos principais conselheiros econômicos do presidente Lula e entusiasta da gestão de Antonio Palocci na Fazenda.

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