Quinta-feira, 09 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Conselho da Renault-Nissan se reúne para analisar a prisão de seu diretor executivo, Carlos Ghosn

Compartilhe esta notícia:

O executivo brasileiro está preso desde o dia 19 de novembro, acusado de sonegação e fraude. (Foto: Reprodução)

O conselho de administração da Renault, empresa que teve seu presidente Carlos Ghosn detido no Japão por suspeita de ocultação de rendimentos, reúne-se nesta terça-feira (20), “na última hora da tarde” – anunciou à agência de notícias AFP um porta-voz do fabricante francês de automóveis.

Já o Estado francês, que tem 15% das ações, pediu que seja nomeada uma direção interina, alegando que Ghosn não está em condições de dirigir a companhia, declarou o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, nesta terça. “Não vamos pedir a saída formal de Carlos Ghosn do conselho de administração por uma razão simples: não temos provas”, afirmou o ministro.

“Quando soube da notícia de sua detenção, pedi ao ministro da Ação Pública, Gérald Darmanin, que comprovasse a situação fiscal de Carlos Ghosn na França”. O governo francês não identificou nenhuma fraude fiscal no país.

Le Maire disse que se reunirá, em Paris, com os administradores do Estado no grupo, assim como com o administrador de referência Philippe Lagayette “para lhes pedir uma direção interina”. Também informou que chamará as autoridades japonesas para “lembrá-las do apego da França à aliança entre a Renault e a Nissan”.

O conselho administrativo da Nissan vota nesta quinta-feira (22) a destituição do presidente Carlos Ghosn. A Mitsubishi Motors anunciou uma decisão similar.

Falência

Admirado por salvar a montadora japonesa da falência, Ghosn também é executivo-chefe da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Ele é suspeito de sonegação, ao declarar às autoridades uma renda inferior à real.

Ele e outro diretor da empresa, Greg Kelly, são alvo de uma investigação interna há meses, segundo nota divulgada pela Nissan, que informa que já está em colaboração com os procuradores. Representantes de Ghosn não foram localizados para comentar.

Segundo a mídia local japonesa, Ghosn teria declarado uma renda 38 milhões de euros menor do que a real. A prática teria começado em 2011 e teria durado mais de cinco anos.

O salário do executivo é objeto de controvérsia há alguns anos. Ele chegou a ganhar mais de 15 milhões de euros pelo acúmulo de funções na Nissan e na Renault, mas o valor diminuiu em 2017, quando Ghosn deixou de ser o executivo-chefe da montadora japonesa. Em junho passado, ao ser reconduzido ao posto de número 1 da empresa francesa, ele aceitou um corte de 30% em seu salário – uma demanda de acionistas – e a nomeação de um número 2, Thierry Bolloré.

Nascido no Brasil, descendente de libaneses e cidadão francês, Ghosn, 64, iniciou sua carreira na Michelin na França, onde trabalhou por 16 anos, e se transferiu para a Renault. Ele chegou a Tóquio em 1999 para recolocar a Nissan nos trilhos, no momento em que a empresa acabava de se unir à francesa Renault. Ele foi nomeado presidente-executivo dois anos depois.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Caso Daniel: testemunhas dão versões diferentes sobre a morte do jogador
A descoberta de cópia de quadro de Picasso na Romênia é um golpe de publicidade
https://www.osul.com.br/conselho-da-renault-nissan-se-reune-para-analisar-a-prisao-de-seu-diretor-executivo-carlos-ghosn/ Conselho da Renault-Nissan se reúne para analisar a prisão de seu diretor executivo, Carlos Ghosn 2018-11-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar