Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2021
A doença costuma ser mais comum em pacientes acima de 50 anos
Foto: ReproduçãoA campanha Ponto Próstata tem como objetivo a divulgação da submissão capitaneada pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) cuja finalidade é incluir no SUS (Sistema Único de Saúde) o tratamento minimamente invasivo para pacientes com câncer de próstata por meio de cirurgia robótica.
Disponível para consulta pública, a participação pode ser feita por qualquer cidadão até o dia 28 deste mês. Atualmente, 71,5% dos brasileiros (mais de 150 milhões de pessoas) não contam com qualquer tipo de serviço de plano de saúde, conforme o IBGE. E, dentro dessa realidade, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de próstata é o que mais atinge os homens.
A doença costuma ser mais comum em pacientes acima de 50 anos que possuem herança genética, consomem bebidas alcoólicas, fumam, têm uma alimentação rica em gorduras ou cálcio ou que estão acima do peso. Ainda de acordo com o instituto, o Brasil registrou cerca de 68 mil casos da doença em 2018. No mesmo ano, mais de 266 mil mortes foram causadas por esse tipo de tumor ao redor do mundo.
Cirurgia robótica
O procedimento cirúrgico assistido por robôs mostra pontos positivos em comparação às outras opções disponíveis por oferecer uma intervenção cirúrgica menos invasiva. Além disso, ela propicia menor perda de sangue e, consequentemente, baixa necessidade de transfusões sanguíneas. Outro ganho relevante é um período mais curto de hospitalização do paciente.
Eliney Faria, médico uro-oncologista, especialista em cirurgia robótica e responsável pelo departamento de robótica da Sociedade Brasileira de Urologia, reforça os benefícios do tratamento assistido por robôs: “A cirurgia robótica é uma modalidade excelente para pacientes com câncer de próstata por conta dos resultados funcionais, de potência, de continência e mesmo na cura da doença. Nós gostaríamos que essa tecnologia fosse incorporada para todos os brasileiros”.
Hoje, o SUS realiza a prostatectomia radical, pois a considera como o tratamento mais eficaz para a doença em estágio inicial ou, mesmo, em casos ainda localmente avançados. No método, há a retirada completa da próstata e das glândulas responsáveis pela produção do sêmen. Ele pode ser feito através de cirurgia abdominal aberta, a forma mais indicada pelos médicos. Mas o procedimento também pode ser realizado por meio do períneo ou com uso de videolaparoscopia pelo abdômen.
Consulta pública
A consulta pública está disponível para o envio de opiniões, críticas, sugestões, experiências e análises técnicas. Para saber mais sobre a campanha, dados e os benefícios da adição do tratamento pelo SUS, visite o site do Ponto Próstata ou as redes sociais da iniciativa. Para participar da consulta, clique aqui.