Domingo, 28 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Contrariados com Dilma, vice-presidente e ministro se aproximam, gerando apreensão no governo

Compartilhe esta notícia:

O temor é de que Temer (E) e Levy (D) possam ser novos vetores de insatisfação com o governo. (Foto: Rodrigues Pozzebom/ABr)

A aproximação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, preocupa o núcleo duro do Palácio do Planalto. Em um ambiente marcado por idas e vindas da presidenta Dilma Rousseff, Temer e Levy se uniram e terminaram a semana como protagonistas da cena política e econômica, abrindo novo capítulo na crise que abala o governo. O temor é de que eles possam ser novos vetores de insatisfação com o governo.

Na quinta-feira passada, pouco antes de Temer dizer, em palestra a empresários, que não sabia se Dilma resistiria até 2018 com popularidade tão baixa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ela que fizesse um gesto mais forte para atrair o PMDB. “Tome cuidado. Sem o PMDB, não se sabe o que pode acontecer”, advertiu.

Ministros do PT avaliam que Temer – até o mês passado o articulador político do Planalto – faz claramente um movimento para se descolar da rejeição de Dilma e se credenciar como nome capaz de ocupar o governo, em caso de impeachment. Na outra ponta, acreditam que Levy, o fiador da presidenta na economia, também lança “vacinas” para se proteger.

A preocupação do núcleo de governo, agora, é com os sinais passados pelas insatisfações de Temer e Levy ao País. Em comum, os dois foram “bombardeados” pelo PT, tiveram atritos com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, protestaram contra a recriação da CPMF e pregaram mais cortes de gastos.

Contrariado com a exposição do rombo de 30,5 bilhões de reais no Orçamento de 2016, Levy conversou com Dilma e desabafou com Temer várias vezes. Disse ao vice, por exemplo, que havia muitas resistências na equipe à redução de subsídios e programas sociais e à fixação de idade mínima para pagamento de benefícios da Previdência.

Reengenharia

“Nós precisamos fazer uma reengenharia no governo”, insistiu o ministro, em conversa com um grupo de empresários, na quarta-feira, em São Paulo. “A gente precisa de uma ponte para alcançar o resultado primário que nos propusemos”, emendou ele, em numa referência à meta de superávit de 0,7%, prevista para 2016.

O PMDB comandado por Temer vai aproveitar o discurso da reforma administrativa e do enxugamento das despesas para pressionar Dilma a tirar Mercadante da Casa Civil, sob o argumento de que ele tem muitos desafetos na base aliada do governo e até no PT, a exemplo de Lula, o que acaba ampliando a crise.

Nesta terça-feira, Temer reunirá para um jantar, no Palácio do Jaburu, os sete governadores do partido, ministros e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, os peemedebistas Eduardo Cunha e Renan Calheiros. O encontro buscará soluções para cobrir o vermelho no Orçamento e debelar a crise política, agravada pela Operação Lava-Jato. Nos bastidores, porém, o comentário é de que se trata de mais uma conspiração do PMDB para tratar do desembarque do governo. (AE)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Expointer chega ao final com 1,70 bilhão de reais em negócios
Começa hoje, em Porto Alegre, mais um acampamento farroupilha
https://www.osul.com.br/contrariados-com-dilma-vice-presidente-e-ministro-se-aproximam-gerando-apreensao-no-governo/ Contrariados com Dilma, vice-presidente e ministro se aproximam, gerando apreensão no governo 2015-09-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar