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Brasil Contrariando depoimento do ex-governador Sérgio Cabral, o arcebispo do Rio de Janeiro negou envolvimento em esquema de propinas para uma entidade ligada à Igreja Católica

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Para dom Orani Tempesta, o emedebista está "seguindo táticas de seu advogado". (Foto: EBC)

Após ter o seu nome citado em depoimento pelo pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (2007-2014), o arcebispo do Rio de Janeiro disse que mantinha apenas uma “relação amigável” com o emedebista. “Deve ter sido uma tática do advogado dele”, reagiu dom Orani Tempesta, 68 anos, em entrevista à imprensa.

Cabral, preso por corrupção desde 2016, disse à Operação Lava-Jato que o religioso “deveria ter interesse” no suposto esquema de propinas na organização social Pró-Saúde, ligada à Igreja Católica. O arcebispo nega qualquer envolvimento nas fraudes envolvendo a entidade, que conta com membros da Igreja em seu conselho diretor.

Executivos da Pró-Saúde firmaram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal em 2017 e relataram que pagavam propina ao ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. A entidade administrou vários hospitais do estado a partir de 2013.

O arcebispo refutou ter tratado da Pró-Saúde com Côrtes e ter como braço direito um dos delatores da operação policial que atingiu a Pró-Saúde, Wagner Portugal, um ex-padre que passou a integrar a organização social em 2012.

“Afirmações genéricas”

O Ministério Público Federal investiga se gastos pessoais de sacerdotes, dom Orani incluso, foram arcados com dinheiro público repassado por meio dos contratos. “Fiquei muito surpreso”, diz o arcebispo. “O ex-governador afirmou uma coisa muito, assim, genérica. Deve ser uma tática do advogado dele para pode falar umas coisas.”

Ele garante que a Pró-Saúde e seus conselheiros não não receberam qualquer vantagem no esquema. “A grande preocupação da Igreja é com tantos trabalhos sociais. Eu mesmo não tinha nenhuma questão de adquirir vantagem nenhuma em relação a isso”, prossegue.

Sobre as várias fotos em que dom Orano aparece ao lado de Cabral, ele justifica: “Era uma relação muito amigável. Teve a Jornada Mundial da Juventude, quando o Papa Francisco passou pelo Rio de Janeiro, em 2013, e que envolveu os governos municipal, estadual e federal, tivemos que pedir todas as licenças possíveis e imagináveis. Ele sempre me recebia muito bem, era muito educado”.

“A Arquidiocese vai tomar alguma posição diante das informações delatadas por um ex-padre que firmou acordeo de delação premiada?”, indagou um repórter. “A investigação agora ficou conhecida publicamente, antes estava em segredo de Justiça. Divulgou-se para tudo quanto é lado. Acho que não cabe à Arquidiocese… Se nem a organização social tem a ver com a Arquidiocese, tampouco cabe à gente esse trabalho de apuração.

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