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Esporte Contratos assinados pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol são investigados nos Estados Unidos

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CPI do Futebol aprovou a quebra do sigilo de Del Nero na semana passada (Foto: Pedro Martins/AFP)

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, também vem sendo investigado pela Justiça norte-americana. Fontes próximas à investigação informaram que a apuração já está em curso em Nova York (Estados Unidos), mas que nenhum detalhe será revelado até que existam provas suficientes para que o dirigente seja indiciado. Por enquanto, um dos principais focos do trabalho dos investigadores é traçar a origem e o destino de alguns depósitos da CBF.

A apuração se debruça sobre pagamentos feitos pelo empresário brasileiro José Hawilla, dono da Traffic e um dos principais delatores dos escândalos de corrupção no futebol. A Justiça aponta que Hawilla foi obrigado a compartilhar um contrato que tinha com a CBF e a empresa Klefer para os direitos da Copa do Brasil.

Para o período entre 2015 e 2022, a Klefer pagaria à CBF 128 milhões de reais pelo torneio, minando a posição privilegiada que Hawilla tinha desde 1989. Para evitar uma guerra comercial, Hawilla e a Klefer entraram em entendimento. Mas só neste momento é que a Klefer informou que havia prometido o pagamento de uma propina anual a um cartola da confederação, cujo nome não foi revelado pelas investigações do FBI (polícia federal norte-americana).

Essa mesma propina teria de ser elevada a partir de 2012, quando dois outros membros da CBF entrariam em cena. Um deles é José Maria Marin, que segue preso na Suíça e aguardando o processo de extradição aos Estados Unidos.

Extradição
Na motivação para pedir a extradição de Marin, os norte-americanos apontaram dois depósitos como exemplos de como o sistema financeiro daquele país estava sendo usado no esquema entre os cartolas da CBF. Uma das contas, porém, chama a atenção do FBI. Trata-se de uma transferência da Klefer, avaliada em 500 mil dólares no dia 5 de dezembro de 2013 a partir de uma conta no banco Itaú Unibanco de Nova York para o HSBC em Londres (Reino Unido), em nome de uma empresa fabricante de iates de luxo. A Justiça quer saber quem teria se beneficiado pela compra do iate ou pelo pagamento. Os bancos, porém, não estão sob suspeita.

Conspiração
Documentos revelados no dia 27 de maio pelo Departamento de Justiça dos EUA levantam a suspeita. Nenhum dos dois traz o nome de Del Nero, que nega que ele seja a pessoa indiretamente apontada nos informes.

Em um deles, um empresário informou Hawilla que o pagamento de propinas aumentou quando outros dois executivos da CBF – especificamente o “coconspirador #15” e “coconspirador #16” – também pediram propinas. O documento explica que o “coconspirador 15” era membro do alto escalão da CBF e membro da Fifa (entidade máxima do futebol) e da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) – a descrição apenas pode ser preenchida por Marin. Naquele momento, ele era o presidente da CBF, membro da Fifa e da Conmebol. O “coconspirador 16” seria membro do alto escalão da Fifa e da CBF. Apenas Del Nero mantinha cargo na vice-presidência da confederação, e na Fifa, era membro do Comitê Executivo.

Compromisso
Se forem comprovadas as suspeitas contra Del Nero, poderá haver um pedido de prisão ou extradição do presidente da CBF – o que dificilmente ocorreria caso ele não deixe o Brasil. Del Nero não viajou ao Chile para acompanhar a Copa América e seu próximo compromisso no exterior seria no dia 20, em Zurique (Suíça), para uma reunião da Fifa.

Resposta
Procurada, a confederação enviou por e-mail a seguinte resposta: “O presidente da CBF desconhece qualquer procedimento investigativo envolvendo seu nome. Sua posição, em relação a questionamentos de toda natureza, é e será sempre de completa e irrestrita colaboração, sempre em conformidade com a lei e com a apresentação de fatos e dados objetivos que irão apenas corroborar a lisura de suas ações nas funções que ocupa ou ocupou. Se houver de fato uma investigação, ela vai concluir que o dirigente não teve qualquer envolvimento com propinas ou quaisquer irregularidades”. (AE)

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https://www.osul.com.br/contratos-assinados-pelo-presidente-da-confederacao-brasileira-de-futebol-sao-investigados-nos-estados-unidos/ Contratos assinados pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol são investigados nos Estados Unidos 2015-07-07
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