Segunda-feira, 06 de outubro de 2025

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Mundo Conversa entre Lula e Trump abre caminho para encontro presencial, que poderá ser na Malásia

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O contato direto entre os dois mandatários ocorre em meio à mais grave crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

Foto: Divulgação/Casa Branca/Ricardo Stuckert/PR
O contato direto entre os dois mandatários ocorre em meio à mais grave crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. (Foto: Divulgação/Casa Branca/Ricardo Stuckert/PR)

A reunião virtual entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizada na manhã desta segunda-feira (6), abre caminho para um possível encontro presencial em território neutro, a Malásia, no fim do mês, à margem da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Auxiliares de Lula insistiram que o primeiro contato ocorresse de forma virtual, em um ambiente controlado, antes de uma aproximação face a face.

Os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social) participaram da conversa, assim como o vice-presidente Geraldo Alckmin, titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

O contato direto entre os dois mandatários ocorre em meio à mais grave crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos em mais de dois séculos de relações.

O encontro havia sido antecipado pelo republicano durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, há cerca de duas semanas.

Trump indicou disposição para negociar com o Brasil — mas não deixou claro se está disposto a não impor condições políticas em um tema estritamente comercial.

O presidente dos Estados Unidos condicionou qualquer avanço nas tratativas à suspensão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ter incluído cidadãos brasileiros — entre eles o ministro Alexandre de Moraes — em uma lista de sanções.

O gesto diplomático ocorre em meio a uma série de medidas punitivas impostas por Washington. Os EUA aplicaram uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e abriram uma investigação com base na Seção 301 de seu código comercial, alegando “práticas desleais” por parte do Brasil.

Entre os pontos levantados estão o uso do Pix e sua suposta distorção de mercado, o desmatamento na Amazônia, o contrabando na região da Rua 25 de Março, subsídios ao etanol, políticas fiscais voltadas às big techs e casos de corrupção que afetariam empresas norte-americanas.

Apesar das divergências, diplomatas ouvidos em Brasília avaliam que o diálogo é um passo necessário para conter a escalada da crise e restabelecer um canal de negociação entre os dois governos. Lula e Trump têm divergências em várias áreas, sendo um dos destaques o multilateralismo, defendido pelo mandatário brasileiro diante do avanço de medidas unilaterais.

 

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