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CONVÍVIO INSUSTENTÁVEL

Michel Temer

A convenção nacional, neste sábado, mostrou que é o PMDB divide-se entre a precaução e a inconformidade.

O presidente reeleito Michel Temer exerceu o malabarismo verbal, com receio de que palavras duras agravariam a crise. Não se referiu ao que os participantes queriam ouvir: a pretendida saída do governo federal, expressa na repetição de slogans.

A inconformidade ficou por conta da maioria dos deputados estaduais e federais que lançaram a Carta de Brasília.

O trecho inicial:

“A mais grave das crises atinge a nação brasileira. Ela une a degradação rápida da nossa economia, o empobrecimento vertiginoso da nossa população, com a falência ética e moral nas relações políticas, e com a falta de comando e de credibilidade do Governo nacional. Voltam demônios há muito exorcizados como inflação, desemprego, fechamento das indústrias, e um desarranjo nunca visto, das contas públicas. A máquina pública se agigantou, consumindo recursos que deveriam estar no atendimento direto das necessidades básicas da nossa gente, sem qualquer gesto do Governo para uma revisão. As investigações da corrupção chegam aos mais altos escalões da República. Na base de tudo está uma condução desastrada do país, sem rumo, e sem esperanças de melhora para a sociedade. É um Governo inchado, desacreditado e incapaz de melhorar serviços públicos essenciais como saúde, educação e segurança.”

Adiante, o documento propõe:

“1) que o PMDB se afaste imediatamente do governo federal;

2) Temos que ajudar para que sejam feitas as mudanças necessárias e se passe a limpo nosso país.

3) Com esse afastamento queremos recuperar o protagonismo político do PMDB,  dentro da sociedade, que nos permita debater e apontar soluções para o Brasil. E que elas tenham sempre a questão ética e moral como base, permitam um novo pacto federativo, reduzam a máquina pública e retomem o desenvolvimento econômico e social para todos os brasileiros. Independência e afastamento do Governo Já!”.

CONCLUSÃO

Mais claro do que isso é impossível.

A convenção aprovou moção dando 30 dias para que o partido decida sobre a entrega dos seis ministérios que ocupa.

Diante dos ataques, o governo deveria pedir ao PMDB que desembarque antes do prazo estabelecido.

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