Terça-feira, 12 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2020
Um médico de 62 anos morreu na manhã deste sábado (25) após tratar pacientes com coronavírus em Wuhan, apontada como o epicentro da contaminação na China. Segundo um jornal britânico, Liang Wudong tinha 62 anos e já havia se aposentado, mas foi convocado pelo governo do país asiático em caráter de urgência.
Ainda não se sabe se a causa da morte foi exaustão ou o próprio vírus.
A China já conta com 1.281 casos confirmados e 41 mortos em decorrência da doença. Wuhan está em quarentena e Hong Kong confirmou que vai fechar as escolas por 15 dias.
O presidente Xi Jinping afirmou que o país enfrenta uma situação grave e que o vírus está se espalhando de forma acelerada. O líder disse também que recursos e especialistas se concentrariam em hospitais com casos severos, e que nenhum tratamento seria atrasado por causa de custos.
Os coronavírus
Os coronavírus causam infecções respiratórias em humanos e animais. Os tipos mais comuns do vírus causam doenças respiratórias leves, como resfriados, mas outras variantes podem causar infecções graves, como a Sars (síndrome respiratória aguda grave, em português), que causou pelo menos 800 mortes em 12 países durante uma epidemia global entre 2002 e 2003.
Transmissão e sintomas
O vírus é transmitido pelo ar, toque ou contato com objetos que tiveram contato com boca, nariz ou olhos. Os sintomas são: coriza, dor de garganta e febre.
Variantes graves
Variações mais graves dos coronavírus podem causar pneumonia e levar à morte. Nos últimos 20 anos, dois surtos mundiais ligados aos coronavírus causaram mais de mil mortes
Máscaras funcionam?
Depende. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, as máscaras capazes de proteger funcionários do sistema de saúde (bem como cidadãos) são aquelas classificadas como N95, ou seja, que protegem as vias respiratórias de aerossóis sólidos (como a fumaça e poeira).
Como a OMS se posiciona
A última atualização feita pelo órgão internacional foi na quinta-feira (23). Segundo o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, “ainda é cedo para decretar emergência de saúde pública internacional. Não se confundam. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde mundial. Porém, ainda pode se tornar”, afirmou o representante da OMS.
Ele explicou ainda que, por enquanto, não há casos registrados de transmissão pessoa a pessoa fora da China, mas não significa que não possam acontecer. Ainda não se sabe muito sobre o coronavírus, e o comitê da OMS pode se pronunciar novamente a qualquer momento para rever sua posição.
Segundo o órgão, a maioria dos casos é de familiares de pessoas que tiveram contato com o vírus e profissionais de saúde. De acordo com Julio Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, se a contaminação sair deste núcleo, um sinal de alerta se acende.