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Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2022
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, anunciou novas metas para as Forças Armadas, em um relatório enviado aos principais nomes do partido que governa o país e que sugere mais testes de armas em 2023, informa a imprensa estatal.
Em reunião em Pyongyang do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o governo estabeleceu metas do país para o próximo ano em áreas como diplomacia, segurança e economia.
Kim “estabeleceu novas metas cruciais para reforçar a capacidade de defesa autossuficiente em 2023”, informou a agência oficial de notícias KCNA, sem revelar mais detalhes.
O relatório “analisou e avaliou a nova situação desafiadora criada na península coreana”, segundo a KCNA, em uma aparente referência à recente escalada das tensões com a Coreia do Sul.
Kim destacou a “orientação de luta contra o inimigo que deve ser adotada por nosso partido”, acrescentou a KCNA.
A Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de armas neste ano, incluindo os lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais, o que é proibido pelas sanções da ONU contra o país.
Pyongyang também aumentou as tensões com Seul, com disparos de artilharia conta zonas de proteção marítima. No início da semana, o país enviou drones ao espaço aéreo da Coreia do Sul.
A incursão de cinco drones, o primeiro incidente deste tipo desde 2017, levou Seul a dar tiros de advertência e a mobilizar caças e helicópteros para tentar derrubar os aparelhos.
As reuniões plenárias de fim de ano na Coreia do Norte geralmente são utilizadas pelo regime para apresentar as prioridades internas e internacionais para o ano seguinte.
No evento de 2021, Kim destacou as políticas internas, em particular a economia e a agricultura, mas analistas acreditam que este ano ele deve ressaltar o trabalho das Forças Armadas.
Retaliação
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse na quarta-feira (28) que qualquer provocação da Coreia do Norte deve ser enfrentada com retaliação sem hesitação, apesar de suas armas nucleares, disse seu gabinete, após uma invasão de drones norte-coreanos.
Cinco drones norte-coreanos cruzaram para a Coreia do Sul na segunda-feira, levando os militares da Coreia do Sul a enviar caças e helicópteros de ataque para tentar derrubá-los, na primeira intrusão desde 2017.
“Devemos punir e retaliar contra qualquer provocação da Coreia do Norte. Esse é o meio mais poderoso para impedir provocações”, disse Yoon em uma reunião com seus assessores, segundo seu secretário de imprensa, Kim Eun-hye.
“Não devemos temer ou hesitar porque a Coreia do Norte tem armas nucleares”, disse ele. As informações são do jornal Extra e da agência de notícias Reuters.