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Brasil Corrida pelo fechamento de acordos de delações premiadas levou advogados a sinalizarem que deixarão a defesa de réus da Operação Lava-Jato

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Os casos mais recentes são o do empresário Léo Pinheiro (E), da OAS, e o do ex-ministro Antonio Palocci (Fotos: Reprodução)

A corrida pelo fechamento de acordos de delação premiada levou advogados a deixarem ou sinalizarem que deixarão a defesa de réus da Operação Lava-Jato. Além de ser um instrumento legal que não é bem visto por parte dos criminalistas, a delação também pode comprometer advogados que representam mais de um envolvido na operação.

Os casos mais recentes são o do empresário Léo Pinheiro, da OAS, e o do ex-ministro Antonio Palocci. Ambos se reuniram com a força-tarefa de Curitiba para negociar troca de informações por eventual redução de pena em caso de condenação.

As conversas levaram três advogados de Pinheiro – Edward de Carvalho, Roberto Telhada e Jacinto Coutinho – a renunciarem à defesa do cliente no último dia 20, logo após o depoimento ao juiz Sérgio Moro. Na audiência, o Ministério Público Federal confirmou que negociava a delação com Pinheiro, que já foi condenado uma vez e responde a outro processo penal.

O trio estava entre os 105 signatários de uma carta pública, no início de 2016, de repúdio a medidas da Lava-Jato. Eles compararam a operação a “uma espécie de inquisição” e diziam que o Judiciário, por meio de prisões provisórias e medidas restritivas, promovia “coerção estatal à celebração de acordos de delação premiada”.

Palocci depôs a Moro no mesmo dia que Pinheiro e disse estar disposto a apresentar “nomes, endereços e operações realizadas” de interesse da Lava-Jato. Seu advogado, José Roberto Batochio, não faz acordos de delação e também defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – potencial delatado pelo ex-ministro.

Palocci já contratou o especialista em delação Adriano Bretas para negociar o acordo. Procurada, a defesa do ex-ministro, que está preso em Curitiba, diz que ele “recebeu com estranheza o fato de terem sido divulgados pela imprensa supostos diálogos sigilosos entre sua pessoa e tais ‘especialistas’ -que se tivessem acontecido estariam protegidos por confidencialidade, sob pena de infração ético-profissional e cujo conteúdo não corresponde à realidade”.

“Seus atuais advogados não foram comunicados, até esta data, de contratação de qualquer ‘especialista em delações’ e sua defesa técnica continua a cargo dos profissionais que sempre o representaram”, afirma ainda a defesa, em nota.

Antes de Pinheiro e Palocci, advogados do marqueteiro João Santana e do ex-senador Delcídio do Amaral, ambos delatores, largaram as defesas dos seus clientes assim que souberam que eles haviam fechado acordo.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que ainda não fechou delação, também perdeu advogados em janeiro deste ano. Oito criminalistas, liderados por Ary Bergher e Raphael Mattos, renunciaram alegando conflito de interesses: eles também defendem o empresário Eike Batista, que poderia ser delatado por Cabral.

Troca-troca

A troca de defesa também parte do próprio réu. É o caso de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, que em 2015 trocou Dora Cavalcanti, que havia feito críticas a Moro, pelo criminalista Nabor Bulhões. O advogado representou o ex-chefe da empresa em seu acordo. Mônica Moura, mulher de João Santana, também contratou um especialista em delações premiadas, Juliano Campelo Prestes, pouco antes de fechar a sua. (Folhapress)

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