Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
Parte da renda dos jogos da Seleção Brasileira teria sido desviada a empresas no Catar e terminava em contas secretas em Andorra. Isso é o que revelam investigações realizadas na Espanha e com a ajuda do FBI, nos EUA. A polícia espanhola prendeu nas primeiras horas da manhã dessa terça-feira o ex-presidente do Barcelona e parceiro de Ricardo Teixeira, Sandro Rosell, e deixa claro que mira no brasileiro e seus negócios com a seleção.
No total, cinco pessoas foram presas e os policiais fizeram buscas e apreensões em endereços em Barcelona, Andorra e outras duas cidades da região. O centro da investigação é o contrato que Rosell manteve com a CBF, além de negócios envolvendo a Nike e lavagem de dinheiro.
Apelidada de “Operação Jules Rimet”, a iniciativa das forças de ordem ocorre depois de investigações de lavagem de dinheiro por parte do ex-cartola. Rosell ainda estava sendo investigado nos EUA por seu envolvimento com contratos da Nike e a CBF. O FBI investiga o desvio de cerca de US$ 20 milhões (R$ 67 milhões) para contas secretas de Ricardo Teixeira, presidente da entidade brasileira naquele momento.
A suspeita é de que a Nike tenha pago uma propina de US$ 40 milhões (R$ 131 milhões) em uma conta na Suíça para fechar um contrato com a CBF para patrocinar a seleção brasileira. Segundo o levantamento, o acordo avaliado em US$ 140 milhões (R$ 460 milhões) rendeu em pagamentos paralelos e depositados no paraíso fiscal alpino. Do total da propina, uma parcela foi para Teixeira e outra para J. Hawilla, que teria intermediado o contrato.
A operação, segundo a imprensa espanhola, está sendo conduzida depois de investigações por parte da Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal da Polícia Nacional. Mas a operação também ocorre em colaboração com o FBI, nos EUA, que já indiciou Teixeira.