Domingo, 21 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2025
O Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), reconhecendo a melhora do cenário inflacionário no País, mas sinalizando cautela. A autoridade monetária indica que a Selic, que é a taxa básica do juro do Brasil, deve se manter nos patamares atuais por mais tempo, reforçando o processo de desinflação.
Segundo a análise da XP, embora haja espaço para cortes, o ciclo de redução da Selic deve começar apenas em março de 2026, e não em janeiro como alguns investidores aguardavam. O cenário aponta para uma política monetária ainda prudente diante de vetores inflacionários persistentes.
Juros
Juros são o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, funcionam como se fossem o aluguel do dinheiro. Os bancos e outras instituições financeiras fazem a intermediação entre quem tem dinheiro (poupador ou investidor) e quem precisa de dinheiro (tomador ou devedor).
Se você é um poupador/investidor, o dinheiro que você aplicou na instituição financeira será emprestado ao tomador/devedor, que pagará o valor mais juros ao banco. O banco, por sua vez, fica com parcela do valor pago como remuneração e devolve a você a quantia com juros no momento futuro, conforme combinado.
O tomador vai devolver ao banco um valor superior ao que tomou emprestado e o poupador vai receber um montante maior do que o investido.
Taxa de juros
É o preço do “aluguel” do dinheiro por um período de tempo; percentual calculado pela divisão dos juros contratados pelo capital emprestado/poupado.
Se os juros cobrados pelo empréstimo de R$1.000 durante um ano forem R$ 80, significa que o tomador pagou uma taxa de juros de 8% a.a. (ao ano).O cálculo é feito da seguinte forma: juros/capital, ou seja 80/1.000 = 8/100 por ano = 8% a.a.
Por outro lado, considere o cenário em que um investimento de R$ 1.000 renda à taxa de juros de 5% a.a. (ao ano) Assim, o investidor receberá R$5 por cada R$100 investidos (5/100) durante um ano, o que, ao final do período, totalizará o montante de R$1.050.
* Taxa de juros simples
Aplicada/cobrada sempre sobre o capital inicial, que é o valor emprestado/investido. Não há cobrança de juros sobre juros acumulados no(s) período(s) anterior(es). Exemplo: em um empréstimo de R$1.000, com taxa de juros simples de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$80 no primeiro ano e R$ 80 no segundo ano. Ao final do contrato, o tomador irá devolver o principal e os juros simples de cada ano: R$1.000+R$80+R$80=R$1.160.
* Taxa de juros composta
Para cada período do contrato (diário, mensal, anual etc.), há um “novo capital” para a cobrança da taxa de juros contratada. Esse “novo capital” é a soma do capital e do juro cobrado no período anterior. Exemplo: em um empréstimo de R$1.000, com taxa de juros composta de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$80 no primeiro ano. No segundo ano, os juros vão ser somados ao capital (R$1.000 + R$ 80 = R$ 1.080), resultando em juros de R$ 86 (8% de R$ 1.080).
Os juros do primeiro ano (R$ 80) são somados com os juros do segundo ano (R$ 86), totalizando o valor de R$1.166 que deverá ser devolvido ao fim do empréstimo.
* Taxa de juros real
Obtida pelo desconto da taxa de inflação da taxa de juros nominal de determinada transação. Exemplo: uma taxa de juros nominal mensal de 10% e uma inflação no período de 2% resultam em uma taxa de juros real de aproximadamente 7,84% [na fórmula completa: (1,10/1,02-1)*100 ]. (Com informações do portal InfoMoney e do Banco Central do Brasil)