Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2019
O TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) da Bolívia anunciou a reeleição de Evo Morales com apuração de 100% das urnas. O órgão colocou-se à disposição para auditorias, como sugerido pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pela UE (União Europeia). Por enquanto, o Brasil não reconhece os resultados. A eleição pode dar a Morales seu quarto mandato e ele segue no poder desde 2016.
De acordo com o TSE boliviano, o partido de Evo, o MAS-IPSP, venceu as eleições com 47,08% dos votos (2.888.359, ao todo), contra 36,51% (2.240.920 votos) do partido do opositor Carlos Mesa, o CC (Comunidad Ciudadana). Os votos em branco representaram 1,47% e, os nulos, 3,57%.
Pelas normas eleitorais bolivianas, um candidato vence a eleição no primeiro turno caso atinja a maioria absoluta ou caso consiga mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, obtenha vantagem mínima de 10 pontos percentuais ao segundo colocado – foi o que ocorreu nesta eleição. O Tribunal disse estar disposto a realizar auditorias nas apurações.
Eleição polêmica
A eleição ocorreu no domingo (20). O processo teve uma polêmica, já que havia dois métodos de apuração: um deles, o preliminar, era mais rápido, enquanto o outro, voto a voto, transcorria mais lentamente.
Os resultados dessas duas formas de contar começaram a divergir já no domingo. Enquanto a preliminar indicava a reeleição do presidente Evo Morales, a voto a voto apontava a disputa de um segundo turno de Morales contra Carlos Mesa.
Na Bolívia, um candidato pode ser declarado vencedor no primeiro turno se tiver 50% dos votos mais um, ou se tiver 40%, com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
A oposição se manifestou – houve acusações de fraude e protestos nas ruas. A Organização dos Estados Americanos publicou um documento em que qualificava a mudança de tendência inexplicável.
A divulgação da apuração preliminar foi suspensa e apenas a voto a voto continuou a ser divulgada.