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Brasil Candidato cotado para ministro da Educação já propôs privatizar todas as escolas e universidades

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Na secretaria de Educação do Paraná, Renato Feder tem investido em programa de aulas não presenciais durante a pandemia. (Foto: Divulgação/Félix Leal)

Principal nome cotado atualmente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ser o novo ministro da Educação, o empresário Renato Feder, paulista de Mogi das Cruzes, ocupa desde janeiro de 2019 o cargo de secretário de Educação do Paraná, a convite do governador Ratinho Junior (PSD). Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo currículo informado no site do governo do Paraná, Feder fez carreira no setor de tecnologia.

Destacou-se como executivo depois de assumir, nos anos 2000, a sociedade na Multilaser, à época uma pequena empresa de reciclagem de cartuchos para impressoras herdada pelo amigo de infância de Feder, Alexandre Ostrowiecki.

Sob o comando dos dois, de acordo com reportagem publicada em março de 2018 pela revista IstoÉ Dinheiro, a companhia tornou-se uma bilionária da tecnologia, com faturamento superior a R$ 2 bilhões e escritório na Brigadeiro Faria Lima. Antes, Feder havia passado pela construtora Promon e pela consultoria de crédito Serasa.

Foi também em parceria autoral com Ostrowiecki que Feder publicou, em 2007, o livro “Carregando o Elefante – Como Livrar-se do Peso que Impede os Brasileiros de Decolar”, em que os dois autores defendem um plano detalhado de “desconstrução do Estado”, que definem como um processo profundo de eliminação do Estado “em todas as atividades que hoje ele faz mas que poderiam ser repassadas à iniciativa privada, como a educação”, mantendo o princípio de governo pequeno.

O livro defende que a iniciativa privada é “intrinsecamente mais eficiente na gestão de qualquer coisa”. Ao assumir o cargo no Paraná, Feder trouxe consigo para o primeiro escalão da Secretaria nomes que vieram da iniciativa privada, especialmente da área de tecnologia, voltados a acelerar a transformação digital na educação pública, de acordo com o site da Secretaria do Estado.

O governo do Paraná também informa que ele foi professor da Educação de Jovens e Adultos, lecionou matemática por dez anos, além de ter sido diretor de escola por oito anos. Também foi assessor voluntário da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. “Assim como é melhor que uma empresa privada frite hambúrgueres do que o governo, o mesmo ocorre no caso de uma escola”, afirma o livro de Feder e Ostrowieck.

No caso da proteção às pessoas contra a miséria absoluta, por exemplo, o livro defende que o ideal é passar o máximo dessa tarefa para organizações não governamentais e “deixar para o governo apenas casos emergenciais”. Na saúde, o livro também defende privatizar todos hospitais e postos de saúde, cabendo à assistência social pagar planos de famílias que comprovarem incapacidade de fazê-lo.

Para a Previdência, a proposta é “abolir completamente a previdência, tanto do setor público quanto do setor privado. Cada pessoa decide se quer ou não realizar plano privado de previdência social”. Cita como exemplo positivo o Chile, apontado como “nação com uma série de características semelhantes com as do Brasil e que está rapidamente se livrando do status de país pobre”.

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