Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2021
Foi o segundo maior registro de óbitos desde setembro.
Foto: Leopoldo Silva/Agência SenadoO Brasil registrou 56.648 novos casos de Covid-19 e 1.171 novas mortes pela doença em 24 horas. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (5) e se referem aos registros feitos desde o boletim de segunda.
O número de novos óbitos foi o segundo maior desde o início de setembro, perdendo apenas para o dia 30 de dezembro, quando foram registrados 1.194 novos falecimentos em decorrência do coronavírus.
Com as novas mortes, as vidas perdidas para a pandemia subiram para 197.732. Na segunda, os dados do Ministério da Saúde sobre a doença traziam 196.561 óbitos. Ainda há 2.550 falecimentos em investigação.
Com os novos casos acrescidos às estatísticas, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia foi para 7.810.400. Até segunda, o sistema do Ministério da Saúde com dados sobre a pandemia marcava 7.753.752 diagnósticos de Covid-19 ao longo da pandemia.
Conforme o painel do Ministério da Saúde, há ainda 649.261 casos ativos em acompanhamento. O número de pessoas que se recuperaram da Covid-19 chegou a 6.963.407.
Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde. No caso desta semana, pode ser acrescido o feriado do dia 1o, que caiu na sexta-feira.
Estados
No topo da lista dos Estados com mais mortes por Covid-19 estão São Paulo (47.222), Rio de Janeiro (25.837), Minas Gerais (12.083), Ceará (10.042) e Pernambuco (9.709). Já entre os últimos no ranking estão Roraima (798), Acre (808), Amapá (943), Tocantins (1.248) e Rondônia (1.852).
Vacina de Oxford
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (5) que não há qualquer tipo de proibição oficial do governo da Índia para exportação de doses da vacina contra o coronavírus produzidas por indústrias farmacêuticas daquele país.
Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se na segunda-feira (4), em Brasília, com o embaixador da Índia, para tratar do assunto.
“As negociações entre a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Serum da Índia para a importação pelo Brasil de quantitativo inicial de doses de imunizantes contra a Covid-19 encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro”, diz a nota, assinada pelo Itamaraty em conjunto com o Ministério da Saúde,.
No dia 31 de dezembro de 2020, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação, em caráter excepcional, de 2 milhões de doses da vacina britânica da Oxford, produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz no Brasil). As doses importadas foram fabricadas na Índia. Em reunião com representantes da Fiocruz, a Anvisa disse que precisa de mais informações para que o uso emergencial da vacina no Brasil seja aprovado.
Na segunda, o chefe do Instituto Serum da Índia, Adar Poonawalla, chegou a dizer, por meio de nota, que as exportações estariam barradas pelo governo da Índia, até que parte da população local fosse imunizada. Na ocasião, a Fiocruz disse que o Itamaraty estava negociando a importação das doses da vacina com autoridades sanitárias da Índia.
A afirmação sobre restrições à exportação da vacina foi desmentida por Poonawalla em nota, assinada em conjunto com o diretor do laboratório indiano Bharat Biotech, Krishna Ella. A empresa produz outra vacina contra a Covid-19, a Covaxin. A empresa negocia a venda de 5 milhões de doses da vacina para a ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas).
Na nota, os representantes dos dois laboratórios destacaram a intenção conjunta de fornecer as vacinas para a Índia e “globalmente” e que as duas empresas mantêm as atividades de desenvolvimento das vacinas, conforme planejado.
“Agora que duas vacinas receberam autorização de uso emergencial na Índia, o foco é na manufatura, fornecimento e distribuição, para que as populações que mais precisam recebam vacinas de alta qualidade, seguras e eficazes”, diz o comunicado.
Uso emergencial
A Anvisa disse nesta terça que ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou de registro definitivo de vacinas para Covid-19 no Brasil. A informação foi dada após nova reunião com técnicos da Fiocruz e do laboratório Astrazeneca.
“A Anvisa tem atendido todos os laboratórios que estão desenvolvendo vacinas a fim de orientar e esclarecer questões técnicas para a avaliação de vacinas”, diz a nota.