Domingo, 16 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2015
A CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) no Senado rejeitou os requerimentos de convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do filho dele, Luis Claudio Lula da Silva, e dos ex-ministros Gilberto Carvalho e Erenice Guerra em votação na quinta-feira. Os pedidos foram feitos pelo presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO).
A votação foi feita em bloco e não um a um e os pedidos foram rejeitados por unanimidade. Votaram contra os senadores: Humberto Costa (PT-PE), José Pimentel (PT-CE), Simone Tebet (PMDB-MS), Otto Alencar (PSD-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Donizeti Nogueira (PT-TO).
Senadores do PT e PSD justificaram que se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não foi convocado a depor no escândalo da compra de votos para aprovar emenda que permitiu a reeleição, também não há justificativa para que Lula preste depoimento sobre a suposta compra da MP (medida provisória). Nenhum dos parlamentares defendeu o filho do petista ou os demais ministros.
“Tivemos sempre um cuidado muito forte de nunca trazer um presidente da República para processos de CPI. Oito deputados federais renunciaram em 1997 quando aprovamos a reeleição do FHC, que foi dirigida para ele, que estava no exercício do mandato. Os deputados disseram ter recebido 200 mil reais cada um para votar pela reeleição. Nós nunca entramos com nenhuma CPI sobre a compra de votos”, disse Pimentel.
Oliveira respondeu: “É dever, atribuição de uma senador da República, quer seja na CPI ou não, de fiscalizar a coisa pública. Uma vez que o MPF e a PF dizem que há conexão com essa MP. Eu não me sinto culpado em nenhum momento de ter elaborado esses requerimentos. Eu gostaria que esses fatos fossem elucidados. Que o Gilberto Carvalho nos explicasse se a MP foi feita a luz do dia”. (AE)