Brasil “CPMF é imposto pequenininho e não bate na inflação”, diz ministro da Fazenda
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, explicou nesta terça-feira (15) que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi escolhida como parte das medidas para aumentar a arrecadação do governo por ser “um imposto pequenininho”. “Se você vai comprar alguma coisa que custa 100 reais, vai pagar 20 centavos”, disse Levy.
O ministro voltou a afirmar que a proposta é que o imposto seja temporário. “A CPMF é um imposto para enfrentar um momento especial”, disse Levy. “É mais fácil de cobrar, todo mundo paga – um pouquinho, mas paga –, não bate na inflação porque você coloca ali 0,02 centavos a cada 10 reais que você gasta.”
Na segunda-feira (14), Levy anunciou, ao lado do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, medidas fiscais de 64,9 bilhões de reais para garantir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016. Desse total, 26 bilhões de reais referem-se a corte de gastos do governo. Outros 38,9 bilhões de reais referem-se ao aumento de arrecadação, entre elas a proposta de retorno da CPMF.
“O que a gente fez foi criar as condições para sair desse momento de travessia e conseguir chegar onde a gente quer em segurança”, afirmou Levy sobre o ajuste fiscal, depois de ressaltar a importância de “ter a casa em ordem”. “Um país que tem rombo no orçamento não é um país que cresce, um país que tem confiança”, destacou. (AG)
