Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2015
Vídeos pornôs profissionais estão perdendo espaço para as produções caseiras na internet. Na Sexlog, a maior rede social de sexo e swing do Brasil, quase quatro mil vídeos amadores são publicados nos perfis dos usuários por mês.
A demanda tem sido tão grande que a companhia acabou fechando a seção destinada a vídeos profissionais. Além disso, no início deste ano, criou a Livecam, um espaço disponível para exibições de sexo ao vivo, festas particulares ou conversas picantes.
Conforme a gerente de marketing da Sexlog, Mayumi Sato, de janeiro a outubro de 2015, já foram exibidos mais de 270 mil vídeos de sexo amador, com a participação de 5 mil perfis (casais, solteiros e grupos). Ao todo, são mais de 70 mil horas de novos vídeos. “As exibições ao vivo trazem mais segurança porque não são vídeos gravados que vão ficar à disposição de todo mundo”, diz Mayumi, que acredita que os clipes caseiros trazem mais credibilidade. “Não é como criar um perfil falso. A pessoa está se expondo, não há como mentir.”
Segundo ela, a ferramenta de Livecam do Sexlog vem crescendo cerca de 30% a cada mês. Além disso, a busca por termos como “amador” e “caseiro” aumentou outros 30% nos últimos três meses. “As pessoas estão atrás de relações reais. A identificação com o outro é muito forte porque conseguimos nos enxergar naquela situação. O prazer também é mais real”, acredita Mayumi.
O sexólogo Amaury Mendes Júnior compartilha a opinião da diretora de marketing da Sexlog, que recebe 3 mil novos cadastros por dia. Ele acredita que os casais estão parando de fantasiar com outros. “Eles estão trazendo mais o sexo para a realidade e a intimidade deles. É um caminho natural. Estão se inserindo no lugar em que queriam estar. Pensar em outras pessoas frustra”, diz o especialista.
“E esses filmes são naturais e não aquela coisa performática em que a mulher fica olhando para a câmera. Que tesão há nisso?”
Estética caseira.
De olho no “mercado”, produtoras de filme pornô têm produzido grande número de vídeos profissionais com estética caseira. A produtora West Sex Brasil tem como carro-chefe a série “A Turma do Sexo”, gravada de forma descontraída e com espaço para a improvisação. Em 2014, registrou mais de 3,5 milhões de visualizações . Já a produtora Xplastic disponibiliza vídeos gravados pelos usuários em um site paralelo, o Xplastic.net.
“São possibilidades que estão sendo trazidas para dentro de casa”, comenta Mendes Júnior. “Ela não é um lugar pudico ou sagrado. É preciso viver algo real ali dentro.”