Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de março de 2017
“Graças a Deus o pai chegou a tempo para atender a criança.” Foi com essa expressão que o dirigente regional de ensino Campinas Leste, Nivaldo Vicente, comentou o caso em que um aluno de 10 anos teve o pescoço cortado por um colega com uma lâmina de barbear dentro da sala de aula em uma escola estadual de Campinas (SP). O incidente aconteceu na última terça-feira (28), e os funcionários, em vez de acionarem o Samu, ligaram para a família pedindo socorro.
“Eles não chamaram o Samu, não chamaram a polícia, não fizeram nada, esperam meu marido sair do trabalho para fazer o socorro do meu filho”, questionou Ana Carolina Mendes Rodrigues, de 40 anos, mãe do aluno agredido.
A mulher conta que estava em casa com o filho recém-nascido e que o marido levou mais de 30 minutos para fazer o trajeto entre o trabalho e a escola. Após atendimento em um hospital particular da cidade, os pais receberam a informação de que o filho “teve sorte”.
De acordo com Ana Carolina, o médico disse que precisou dar pontos internos e externos, em um total de 26. Desde o ocorrido, o garoto tem sofrido para dormir. “Ele não consegue porque tem pesadelos”, conta.
O atraso no socorro, bem como a presença de uma lâmina de barbear com um aluno de 11 anos dentro da sala de aula, serão apurados pela diretoria de ensino.
“O atraso no socorro foi uma das falhas detectadas, já que uma das primeiras medidas nesses casos é chamar o Samu”, explicou Nivaldo Vicente, que informou que uma comissão será montada nesta sexta-feira (31) para apurar os fatos e ouvir os envolvidos.
“Vamos tomar a melhor medida possível para que ambos, com uma medida social e pedagógica, possam continuar seus estudos”, pontuou o dirigente.