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Política “Crime organizado pode se infiltrar nos Parlamentos”, diz o ministro da Justiça após a PEC da Blindagem

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Lewandowski diz que vai enviar em até 15 dias para Lula um projeto que mira o combate financeiro ao crime organizado

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Lewandowski diz que vai enviar em até 15 dias para Lula um projeto que mira o combate financeiro ao crime organizado. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, avalia que a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara para proteger deputados de ações penais, pode facilitar a infiltração do crime organizado em assembleias estaduais pelo País.

Para ele, a independência e autonomia são essenciais para a atividade parlamentar, mas a prática de crimes comuns não pode ser “acobertada” pela Constituição. Em entrevista ao jornal O Globo, Lewandowski diz que vai enviar em até 15 dias ao presidente Lula um projeto que mira o combate financeiro ao crime organizado e afirma que a pasta está monitorando diferentes setores da economia onde as facções já se enraizaram.

O ministro da Justiça respondeu acerca da execução do ex-delegado Ruy Fontes, que investigou o PCC no passado, e um possível estado de descontrole da segurança pública.

“As investigações vão revelar se a execução está ligada ao crime organizado ou a outro motivo, como a atuação à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande (SP). Vamos aguardar o resultado. Todo crime violento é imediatamente ligado às facções, mas não é bem assim”, disse.

O ministro da Justiça também citou a operação que desmantelou a infiltração do PCC no sistema financeiro.

“Nós nunca tivemos um olhar plural para o combate ao crime organizado. Sempre se achou que a mera ação policial seria suficiente. Hoje, é preciso atuação sofisticada, com inteligência e asfixia financeira. Concluímos que seria melhor lançar um olhar setorizado. O primeiro setor foi o de combustíveis. Mas também preocupam os de transporte público, construção civil, coleta de lixo e, mais recentemente, fintechs. O crime vai procurando brechas. Nossa ideia é atacar setor por setor. Um problema que surgiu é a infiltração do crime organizado no processo eleitoral, lançando candidatos para depois controlarem prefeituras”, afirmou.

Lewandowski citou que enviará um projeto para reforçar o combate financeiro ao crime organizado.

“Temos uma proposta que foi erroneamente intitulada de antimáfia. É antifacção, porque nós não temos máfia no Brasil. A legislação italiana desenvolveu alguns instrumentos que estamos adaptando à realidade brasileira. Por exemplo: o congelamento de ativos financeiros de forma mais expedita. Defendemos que possamos, antes de uma condenação transitada em julgado, confiscar os bens, sejam ativos financeiros ou bens móveis e imóveis. Prevemos também um endurecimento na progressão do regime prisional para os chefes de facções e uma hipótese de infiltração de agentes de segurança nestas organizações e, eventualmente, até nas empresas que se associam ao crime. Espero que em dez ou 15 dias já tenhamos um esboço para mandar à apreciação da Casa Civil e Presidência”, frisou.

 

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