Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
Depois das férias, é hora de fazer um balanço financeiro do ano que passou. E a música brasileira sofreu diretamente os efeitos da crise econômica que assola o País. Em média, segundo empresários, a queda foi de cerca de 30% do valor dos preços cobrados há um ano. Alguns ritmos musicais sofreram mais o efeito da crise do que outros. O axé music foi, disparado, o ritmo musical mais afetado. Ivete Sangalo é a única que não perdeu tanto em meio à crise na Bahia.
O sertanejo continua tendo os cachês mais altos do mercado e levando mais público aos shows. Eles dominam as rádios, e os empresários do meio sertanejo são muito unidos, o que mantém intacta a força da música do interior do País. Inevitavelmente, quem sofreu diretamente com a queda dos cachês foram os músicos e bailarinos. Todos os cantores cortaram, nos últimos meses, alguns componentes de suas bandas, até mesmo para diminuir os custos de transporte e hospedagem.
Como ninguém pode arriscar perder (mais) dinheiro, os artistas com cachês muito altos, como Jorge e Mateus, Henrique e Juliano e Wesley Safadão, pedem aos contratantes garantias de bilheteria ou participação nela. Safadão, aliás, é o único na contramão. O cachê dele subiu de 2014 para cá. Luan Santana, por sua vez, manteve o mesmo valor. “A gente deve baixar o preço em 2016 por conta da crise. Estamos estudando essa possibilidade”, disse o empresário do cantor, Sérgio Bianchini.
No mercado, com a crise, há uma nova prática conhecida como GM (garantia mínima), onde os artistas fazem negócio junto com o produtor do evento ou a casa de shows. Isso porque nenhum contratante mais consegue pagar altos cachês. Por exemplo: um artista que cobra 100 mil reais pede 50 mil reais de garantia mínima, além de uma porcentagem na bilheteria. Tudo varia de acordo com a praça e com a força do artista em determinada região.