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Mundo Crise na Venezuela: saiba o que levou o país ao colapso econômico e à maior crise de sua história

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Guaidó anunciou "fase final" de tentativa de pôr fim ao governo Maduro. (Foto: Reprodução/Twitter)

Nesta terça-feira (30) o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, anunciou a “fase final” de sua tentativa de pôr fim ao governo do presidente Nicolás Maduro. Saiba o que levou o país ao colapso econômico e à maior crise de sua história.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Guaidó aparece junto de outro líder da oposição, Leopoldo López, que cumpria prisão domiciliar, e de homens de uniforme, que seriam forças de segurança que teriam passado a apoiar a oposição.

O vídeo parece ter sido gravado ao amanhecer na base aérea de La Carlota, na capital, Caracas. “Nossas Forças Armadas, hoje valentes soldados, valentes patriotas, valentes homens apegados à constituição, acudiram nosso chamado, nos encontramos nas ruas da Venezuela”, disse Guaidó.

O governo de Maduro, por sua vez, chamou o episódio de “pequena tentativa de golpe”.

Guaidó declarou-se presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro. Na época, ele havia acabado de tomar posse como presidente da Assembleia Nacional, o Parlamento venezuelano e último órgão estatal sob controle da oposição.

A oposição venezuelana está conclamando a população do país a protestar contra Maduro e em apoio ao movimento lançado por Guaidó e López. O governo, por sua vez, está convocando protestos a seu favor.

Mais de 50 países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Espanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador e Peru, reconheceram Guaidó como novo mandatário venezuelano. Já Bolívia, China, Cuba, Irã, México e Rússia declaram apoio a Maduro.

A BBC News Brasil fez um resumo de como a Venezuela entrou em colapso.

1. Crise do petróleo

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo – e o recurso é praticamente a única fonte de receita externa do país. Quedas no preço do petróleo, problemas na administração e falta de investimentos fizeram com que nem isso salvasse a economia.

Além disso, as finanças da PDVSA foram prejudicadas com a criação, ainda no governo Chávez, da Petrocaribe, uma iniciativa na qual a Venezuela se comprometia a fornecer petróleo a preços muito mais baixos para países caribenhos aliados ao chavismo, com longos prazos para pagamento. Era como emprestar dinheiro com retorno a perder de vista. Com o aprofundamento da crise, a iniciativa começou a minguar e países como Jamaica e República Dominicana passaram a buscar outros contratos para seu abastecimento.

2. Dependência das importações, controle cambial e sanções

Com o foco voltado para o petróleo e usando parte do dinheiro arrecadado com as exportações do combustível para sustentar programas sociais, o chavismo não se preocupou com o desenvolvimento agrícola e industrial do país. O governo não investiu nem na própria indústria do petróleo – levando à queda na produção de barris.

3. Hiperinflação

Ao tentar supervalorizar a moeda venezuelana, o governo provocou distorções de valores que, além de causarem a crise de desabastecimento, contribuíram para um cenário de hiperinflação.

4. Crise política

A Venezuela vive uma intensa crise política, que também não começou agora, com o início do segundo mandato de Nicolás Maduro e a autoproclamação do líder oposicionista Juan Guaidó como presidente interino.

O país está dividido entre os chavistas e os opositores, que esperam o fim dos 19 anos de poder do grupo que atualmente se reúne em torno do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). Nos últimos anos, a independência entre os Poderes se reduziu na prática, o que contribuiu ainda mais para a situação crítica atual.

5. Poder militar e controle da imprensa

Um outro ponto que contribuiu para a crise venezuelana foi a forte presença do Exército na gestão do Estado.

Após o oposicionista Guaidó se autodeclarar presidente interino do país, no final de janeiro, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse que as Forças Armadas continuavam ao lado de Maduro.

Já no vídeo publicado neste 30 de abril, Guaidó celebrou que soldados tenham se juntado à oposição.

Em resposta, o ministro da Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, postou no Twitter que o governo estava enfrentando um pequeno grupo de “traidores militares” que, segundo ele, estavam tentando promover um golpe.

Pela Constituição venezuelana, as Forças Armadas deveriam ser apolíticas.

Outro fator que contribuiu para a crise venezuelana é o estrito controle da imprensa. Veículos considerados de oposição foram comprados por chavistas, enquanto outros foram fechados (caso da emissora RCTV, que teve sua concessão não renovada).

Em outros casos, o chavismo sufocou o suprimento de papel-jornal para veículos de linha editorial opositora – o governo venezuelano controla, por meio de uma corporação estatal, a importação e a distribuição do insumo.

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