Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2015
A cinco dias da data prevista para a reabertura das embaixadas de Cuba em Washington e dos EUA em Havana, o presidente cubano Raúl Castro afirmou nesta quarta-feira que seu governo está pronto para romper com “toda nossa história comum” e “fundar um novo tipo de laço entre os Estados”, em que possam “cooperar e coexistir civilizadamente”.
O discurso de Raúl ocorreu no fechamento da sessão da Assembleia Nacional. Só há duas reuniões dos parlamentares por ano, normalmente fechadas ao público e sem transmissão televisiva.
A desta quarta, porém, registrou um fato inédito: o Parlamento descreveu os acontecimentos no plenário por meio de mensagens via Twitter e Facebook.
Durante a sessão, o site governista Cubadebate publicou uma foto de um operário retirando a placa que identificava a Seção de Interesses de Cuba em Washington, para substituí-la nos próximos dias por outra que denomine o prédio como a embaixada cubana.
Desde que assumiu o poder, em 2008, em substituição a seu irmão mais velho, Fidel, Raúl tem se mostrado mais receptivo ao diálogo com os norte-americanos.
Apesar do tom amistoso com os EUA, Raúl voltou a cobrar o fim do embargo imposto à ilha. “Não é possível conceber, enquanto se mantiver o bloqueio, relações normais entre Cuba e EUA.”
O restabelecimento das relações diplomáticas interromperá 54 anos sem embaixadores nos dois países.