Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2018
 
				Eles são tentadores, muito curiosos e quase irresistíveis. “Com qual celebridade você se parece?” ou “Como você seria se fosse do gênero oposto?” – são as perguntas que vêm junto com testes aparentemente inofensivos e que acabam super compartilhados no Facebook.
No entanto, o perigo deles está justamente nos dados que você concorda em ceder para que o aplicativo te devolva o resultado. “O principal gatilho da rede social é o efeito de comunidade. Todo mundo começa a fazer o teste, aí vem o efeito da curiosidade, do divertido, ele começa a viralizar”, pontuou Camila Porto, especialista em marketing digital.
“Existem várias empresas que usam os testes como ferramenta de coleta de dados de pessoas que estão interessadas em determinada coisa. A partir do momento que eu tenho pessoas que se interessam por esse tema, eu vendo essa base de dados”, explicou.
“Muitas vezes essa ferramenta de coleta de dados pode não ser para uma coisa positiva. E há um risco que as pessoas correm quando começam a liberar dados, fotos delas, sem saber para quem esses dados estão indo e o que pode ser feito depois.”
No caso do último teste que viralizou no Facebook, para fazê-lo, o usuário concordava em dar acesso a seu nome, foto de perfil, idade e data de nascimento, endereço de e-mail e todas as suas fotos (as que ele próprio postou e as outras em que foi marcado).
Informações como essas são valiosas para empresas direcionarem melhor seus anúncios e obterem mais resultados. Há algumas, inclusive, que vivem de vender dados para outras. Testes como esses que viralizam no Facebook, em geral, têm a ver com alguma ação desse tipo por parte delas – uma forma de engajar os usuários e, ao mesmo tempo, conseguir acesso a dados deles, que autorizam isso muitas vezes sem ler os chamados “termos de uso”.