Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2024
O brasileiro, com passagens por São Paulo, Sevilla e Barcelona, mudou sua versão pelo menos três vezes.
Foto: EBCDaniel Alves completa no próximo dia 20 um ano preso na Espanha sob a acusação de agredir sexualmente uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona. O brasileiro alega inocência e afirma que a relação sexual foi consensual. A pena para este tipo de crime no país é de até 12 anos de reclusão. A Justiça espanhola marcou o julgamento do atleta para ocorrer neste mês.
Apesar do pedido de 12 anos de prisão, a tendência é que Daniel Alves, se condenado, permaneça no máximo seis anos atrás das grades. Isso porque no início do caso judicial, a defesa do jogador pagou à Justiça o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) de indenização à denunciante. A advogada da mulher contesta a possível redução da eventual pena.
O Ministério Público solicitou, ainda, dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período.
Data do julgamento
A Justiça de Barcelona determinou que o julgamento do caso de Daniel Alves acontecerá entre os dias 5 e 7 de fevereiro de 2024. As informações são do jornal espanhol “El País”.
O brasileiro, com passagens por São Paulo, Sevilla e Barcelona, mudou sua versão pelo menos três vezes. Na primeira vez em que falou sobre o caso, em um programa de TV da Espanha, ele afirmou que não conhecida a denunciante.
Em abril, já preso, Daniel Alves declarou à juíza responsável pelo caso que manteve relações sexuais consensuais com a jovem sem penetração. Ele argumentou ter mentido em um primeiro momento para ocultar a relação extraconjugal da esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que posteriormente pediu a separação.
Em uma última versão, ele reconheceu que houve penetração, mas repetiu que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega.
Filhos
A ex-mulher do jogador, Dinorah Santana, revelou detalhes da reação da família após a mensagem de aniversário para a filha Victória, postada no Instagram do jogador no dia 27 de outubro do ano passado. Segundo ela, a jovem, que completou 16 anos, chegou a falar em mudar de nome.
“Foi um caos. Depois de dez meses na prisão, ele marca o arroba do Instagram da minha filha, expondo ela, menor de idade, que já está sofrendo com tudo isso, dizendo várias mentiras. Minha filha se chama Victória. Ele falou que o nome da minha filha significa a vida dele. Gente, ele está preso. Minha filha olhou para mim e falou ‘mãe, quero mudar meu nome’. É dolorido”, afirmou Dinorah em entrevista à época.
Ela ainda contou que a prisão do pai tem sido um problema até hoje na vida dos filhos. Segundo ela, Victória está com depressão. Além dela, Daniel e Dinorah também são pais de Daniel Filho, hoje com 17 anos.
“Eles já tinham acompanhamento psicológico antes por conta do afastamento do pai. Quando ele foi preso, foi terrível em redes sociais. Principalmente para minha filha. Disseram coisas como ‘graças a Deus que não foi você. Ela chorava muito. Desde então, ela caiu em depressão. É vergonhoso para eles ter um pai assim. Cada dia tenho que dizer que a vida deles segue, que eles não fizeram nada. Que se o pai deles fez alguma coisa, não cabe à gente julgar, cabe à Justiça”, ressaltou.