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Celebridades Daniella Perez: o dia em que o crime da novela das oito não era obra de ficção

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Legistas viram evidências de que Daniella foi morta em cerimônia satânica. (Foto: Reprodução)

Uma bela atriz é encontrada morta em um matagal, com 16 perfurações, oito delas no coração. Um dos assassinos, descobre-se pouco depois, era o seu par romântico na novela das oito, escrita pela mãe da vítima. A esposa do ator, grávida de poucos meses, também participou do ataque. O enredo, que parecia um folhetim, foi a realidade que deixou o Brasil em choque no fim de 1992.

O assassinato de Daniella Perez, cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, dominou o noticiário, ofuscando até a possível renúncia do então presidente Fernando Collor.
O corpo de Daniella foi achado na noite do dia 28 de dezembro. As informações eram poucas: sabia-se que a atriz havia deixado recado para o marido, o ator Raul Gazzola, após sair de uma gravação, avisando que iria para a ginástica. Nas primeiras horas, acreditava-se em assalto – a pochete que ela levava, com 6 mil dólares para dar entrada em um carro novo, sumira.
Durante a madrugada, porém, uma “bomba” estourou em uma Delegacia de Polícia no Rio, para onde tinham seguido a mãe de Daniella, a novelista Glória Perez, o marido da vítima, e colegas do elenco da novela “De Corpo e Alma”, da TV Globo. O carro de Pádua, que momentos antes havia consolado e abraçado Glória, fora visto por uma testemunha no local do crime. A revelação era surpreendente.

O rumor da participação de Pádua provou ser verdadeiro. O ator confessou informalmente o crime a um delegado. O policial dava o caso como elucidado, mas soube-se que Paula havia estado na delegacia, escondida de todos, e prestado depoimento. A mulher de Pádua foi investigada e confessou informalmente, dias depois, ter dado os primeiros golpes.

Nos meses seguintes ao crime, uma enxurrada de versões desencontradas foi desfilada pelo casal. O ator afirmou ter sido assediado pela vítima, mas foi desmentido por colegas de ambos. Tentou transformar o crime em passional, mas não conseguiu. Ele, que estaria insatisfeito com a redução de suas cenas na novela, adulterou a placa do carro que usou no crime, mostrando premeditação. Depois de confessar informalmente, voltou atrás. Disse ter sido apenas testemunha da ação de Paula, que teria agido por ciúme. A mulher, então com 19 anos, por sua vez, também voltou atrás, alegando sequer ter estado no local do crime.

Soltos após cumprirem parte da pena.
Nenhuma das estratégias deu certo. Cinco anos depois, Pádua foi condenado a 19 anos de prisão. A pena de Paula foi de 16 anos. Ambos foram soltos após cumprirem um terço da pena.

“Hoje, eles estão levando a vida deles. Mereciam mesmo era prisão perpétua. Mas vão ter sempre o ‘selo de assassinos’ na testa”, diz Glória.

Ela não se deixou paralisar pela dor. Durante o processo, liderou grande mobilização para mudar a legislação penal. Reuniu 1,3 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado que aprovou a primeira emenda popular da história do Brasil, tornando o homicídio qualificado crime hediondo. Depois, outra emenda pôs fim à progressão de regime para esse tipo de crime, o que foi restabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, mas os prazos para a concessão dos benefícios ficaram mais longos.

Hoje, Glória reúne material do caso e pretende escrever um livro. Paula se casou com um advogado, teve mais dois filhos e vive no Rio. O marido adotou o menino que ela teve na prisão.
Vivendo em Belo Horizonte (MG), Pádua é obreiro em uma igreja e costuma dizer que encontrou Deus. Achou ainda uma ordem de restrição: não pode se aproximar da segunda ex-mulher. Perseguida após a separação, ela deu queixa à polícia e conseguiu mantê-lo longe. (AG)

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https://www.osul.com.br/daniella-perez-o-dia-em-que-o-crime-da-novela-das-oito-nao-era-obra-de-ficcao/ Daniella Perez: o dia em que o crime da novela das oito não era obra de ficção 2015-07-14
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