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Política Ex-diretor da Abin, o deputado federal Alexandre Ramagem é suspeito de espionagem e teria financiado empresa de pessoas ligadas ao “gabinete do ódio”

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Ex-chefe da Abin disse não se lembrar de documentos com relatos sobre temas sensíveis ao ex-presidente. (Foto: Secom/Presidência da República)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal na última semana, destinou a quantia de R$ 49 mil para uma agência criada por ex-assessores que integraram o chamado “gabinete do ódio” no governo de Jair Bolsonaro. Essa soma foi integralmente reembolsada pela Câmara dos Deputados.

Entre junho de 2023 e dezembro de 2023, Ramagem realizou transferências mensais de R$ 7 mil para a agência. A Mellon Comunicação e Marketing Ltda foi criada, em 17 de maio de 2023, por José Matheus Sales Gomes, Leonardo Augusto Matedi Amorim e Mateus Matos Diniz, ex-assessores do Planalto. Gomes também já atuou como assessor de Carlos Bolsonaro.

Gomes e Diniz estão sob investigação no inquérito das fake news em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto Amorim está atualmente empregado no gabinete do senador Magno Malta, do PL do Espírito Santo.

O deputado, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, está no foco da Polícia Federal em uma operação que apura um esquema na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) relacionado ao monitoramento ilegal de autoridades e cidadãos comuns. A ação teria ocorrido durante a gestão de Ramagem à frente da agência, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político nega as acusações.

A operação, denominada “Vigilância Aproximada”, é um desdobramento da investigação “Primeira Milha”, que apura o suposto uso ilegal da plataforma FirstMile. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

De acordo com a investigação da PF, a plataforma adquirida pelo governo federal era utilizada de maneira irregular para monitorar, através de dados de GPS, celulares de servidores públicos, políticos, policiais, jornalistas e advogados.

Gabinete do ódio

Durante o governo de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, surgiu o “gabinete do ódio”, um conjunto de assessores encarregado da estratégia de comunicação digital do ex-presidente, caracterizado por adotar um tom de confronto em suas abordagens aos adversários políticos.

Trajetória de Ramagem até a Abin

Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 2000, Ramagem se tornou delegado da Polícia Federal em 2005.

Na PF, foi responsável pelas divisões de Administração de Recursos Humanos (2013 e 2014) e de Estudos, Legislações e Pareceres (2016 e 2017).

Também fez parte da equipe de investigação da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro em 2017.

Com a posse de Bolsonaro, Ramagem foi chamado para o governo, tendo primeiro atuado como assessor especial da Secretaria de Governo, quando a pasta era comandada pelo general Carlos Alberto Santos Cruz.

Em junho de 2019, deixou essa função para assumir a Abin.

Em abril de 2020, Bolsonaro tentou nomear Ramagem como diretor da Polícia Federal, mas a medida foi barrada pelo STF, em decisão de Moraes.

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De acordo com a Polícia Federal, a Abin criou uma “estrutura paralela” que funcionava como organização criminosa para monitorar ilegalmente ministros do Supremo, parlamentares e adversários políticos do governo
“Gente nossa que fez um monte de coisa errada”, escreveu integrante da Abin para o diretor de Operações
https://www.osul.com.br/de-acordo-com-a-policia-federal-a-abin-criou-uma-estrutura-paralela-que-funcionava-como-organizacao-criminosa-para-monitorar-ilegalmente-ministros-do-supremo-parlamentares-e-advers-2/ Ex-diretor da Abin, o deputado federal Alexandre Ramagem é suspeito de espionagem e teria financiado empresa de pessoas ligadas ao “gabinete do ódio” 2024-01-27
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