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Brasil De férias em um cruzeiro marítimo, o ex-presidente do Supremo Nelson Jobim enviou uma mensagem a Henrique Meirelles e negou que seja candidato à Presidência da República

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Jobim (E) e Meirelles (D) têm mantido contato por telefone e WhatsApp. (Foto: EBC)

O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim até tentou fugir das especulações partidárias em torno de uma possível candidatura à Presidência da República. De férias, ele viajou no começo do mês para a Europa e meteu-se em um cruzeiro marítimo.

Nas palavras de sua assessoria, o emedebista “está incomunicável, em alto-mar, e só volta ao Brasil depois da Copa”. Ainda assim, os caciques partidários continuam alimentando os rumores sobre as pretensões eleitorais do executivo do banco BTG Pactual.

Jobim já foi lançado no noticiário especulativo como pré-candidato do MDB ao Palácio do Planalto e também como possível vice na chapa do PSDB de Geraldo Alckmin. No início de junho, ele concedeu uma entrevista à imprensa em que negou qualquer pretensão de ser candidato, afirmando que política era uma “página virada” em sua vida.

Como os rumores seguiram, ele também enviou uma mensagem no fim de semana para o pré-candidato emedebista ao Planalto, Henrique Meirelles, para negar que queira disputar a eleição. Segundo auxiliares de Meirelles, Jobim disse que “não quer ser candidato e que jamais seria candidato sem consultar Meirelles”. Jobim ainda convidou o ex-ministro da Fazenda para tomar um vinho na volta de sua temporada pela Europa.

Nesta segunda-feira, o próprio Meirelles falou do contato com Jobim: “Ele (Jobim) disse que não é candidato e que estão desautorizadas quaisquer conversas nesse sentido”.

O nome de Jobim tem sido lançado no noticiário por integrantes de partidos aliados a Geraldo Alckmin, que desejam dificultar o acerto do tucano com o DEM ou com outros partidos. Uma eventual composição entre PSDB e MDB, no primeiro turno, já foi descartada em diferentes momentos tanto pelo MDB quanto pelos tucanos.

Os dados da última pesquisa do Datafolha sobre a rejeição do presidente Michel Temer mostrariam, segundo tucanos, que a associação de qualquer candidato, incluindo Alckmin, ao MDB, dificultaria bastante a busca de votos até outubro.

Tucanos

Em recente conversa por telefone com Meirelles, Jobim desautorizou o que chamou de “especulações” sobre o assunto e garantiu nem sequer ter sido consultado por quem lançou o seu nome. A iniciativa do telefonema teria partido do próprio Meirelles, após ele ter recebido mensagem de WhatsApp de Jobim, no último sábado, quando estava em Porto Alegre.

Na ocasião, o ex-presidente do STF escreveu ao amigo assegurando não apenas que não era candidato ao Planalto como que jamais faria qualquer movimento nesse sentido sem antes falar com ele.

Meirelles estava na capital gaúcha para várias reuniões com o MDB e ficou satisfeito com a atenção de Jobim. Nos bastidores, porém, alas do MDB e setores do PSDB não pararam de conversar sobre a possibilidade de uma dobradinha entre os dois partidos para furar o “bloqueio” das candidaturas de direita e de esquerda.

O problema é que a relação entre o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e o Palácio do Planalto vai de mal a pior. Ficou ainda mais desgastada depois que o ex-governador de São Paulo disse, em entrevista ao Estado, que o governo Temer “padece de uma questão de legitimidade”.

Na prática, tucanos que pregam a aliança com o MDB querem o tempo de TV do partido de Michel Temer no horário eleitoral, visto como um dote importante, mas se recusam a defender o presidente impopular e a fazer dobradinha com Meirelles, hoje com apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto.

É nesse cenário que começaram a surgir articulações paralelas sobre a eventual troca do candidato do MDB, puxadas, inicialmente, por deputados federais da região Sul. Embora o Planalto negue esse movimento, tucanos trataram de espalhar que veriam com bons olhos o MDB na chapa liderada por Alckmin, desde que fosse com Jobim na vice.

Coordenador político da campanha de Alckmin, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo tratou de marcar uma reunião com o senador Romero Jucá (RR), presidente do MDB, para a próxima semana. Em post no Twitter, Jucá propôs o diálogo e entendimento entre os partidos de centro. “(…) Tenho a convicção que juntos levaremos o Meirelles para o segundo turno e depois para a vitória. O Brasil necessita disto. Temos que avançar”, escreveu Jucá.

Atualmente, a cúpula do MDB é muito mais próxima do ex-prefeito João Doria, pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, do que de Alckmin. Enquanto a união entre os partidos de centro parece cada vez mais distante, Meirelles começou a fazer aulas com uma fonoaudióloga Leny Kyrillos. O objetivo é melhorar a dicção e o timbre de voz para a campanha eleitoral.

 

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