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Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2019
Um balanço divulgado nessa terça-feira pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) aponta que, de janeiro a agosto deste ano, o Rio Grande do Sul registrou o menor número de mortes no trânsito desde 2007, quando o órgão adotou a metodologia que contabiliza os óbitos ocorridos em até 30 dias após o acidente. Foram 1.049 casos fatais no período, quase 7% a menos que no mesmo período do ano passado.
De acordo com o levantamento, essa estatística tem diminuído desde 2010, quando foi registrado o pico da acidentalidade nas ruas e estradas gaúchas – 1.486 pessoas perderam a vida por esse motivo nos primeiros oito meses daquele ano.
Também houve queda no número de acidentes fatais, ou seja, colisões, atropelamentos e outros episódios, independente do número de mortos, nesse intervalo de tempo, maior que um semestre. Foram 1.008 ocorrências em 2018, contra 955 neste ano, o que representa uma redução de 5,26%.
A análise detalhada dos acidentes registrados entre janeiro e agosto no Rio Grande do Sul revelou que as colisões frontais ou traseiras são responsáveis por 35,2% das ocorrências com morte. Em seguida aparecem no ranking os atropelamentos (22,6%) e colisões laterais (12%).
Até por uma questão de probabilidade (devido à maior proporção sobre outras formas de transporte motorizado), os automóveis são o elemento mais frequente nesse tipo de tragédia, representando 37,2% do total de veículos envolvidos nos acidentes fatais.
Na avaliação do Detran-RS, trata-se de um índice baixo, se considerado que representam 61% dos veículos em circulação. Já as motocicletas e motonetas, que representam 17% da frota, foram 21,5% dos meios de transporte sobre rodas envolvidos em acidentes fatais.
Em relação ao momento, coube aos finais de semana a concentração da maioria das ocorrências (53,7%, se incluída a sexta-feira junto aos sábados e domingos). O turno da noite, por sua vez, mostrou-se o mais perigoso, acumulando 35,5% dos casos com morte. E o cenário mais comum para esse tipo de ocorrência são as rodovias: 59% dos registros com óbito ocorreram em rodovias.
Vítimas
Ao analisar o perfil das pessoas que perderam a vida em acidentes de trânsito no Rio Grande do Sul de janeiro a agosto, o Departamento Estadual constatou que a maioria delas conduzia o veículo (28,4%) quando ocorreu o fato.
Somando-se aos 16% que morreram na condição de passageiros, é possível dizer que quase metade do contingente (44,6%) estava dentro de um carro ao sofrer o acidente fatal. Os motociclistas também são motivo de preocupação, respondendo por 24% do total de óbitos, assim como os pedestres (20,7%).
Seguindo um padrão histórico, os indivíduos do sexo masculino são estatisticamente os mais vitimados pelo trânsito, representando 79% do total de mortes nessas circunstâncias. E cerca de 36% das vítimas tinham entre 21 e 39 anos. Depois dessa idade, a participação etária em acidentes começa a cair, voltando a crescer na faixa dos 65 aos 74 anos.
(Marcello Campos)