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Mundo De saída do governo alemão após 16 anos, Angela Merkel afirma que é feminista e que todos também deveriam ser

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Até então, as manifestações da primeira-ministra eram menos explícitas. (Foto: EBC)

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira (8), pela primeira vez de forma clara, que é uma adepta do feminismo. A declaração foi feita a poucas semanas das eleições de 26 de setembro, que marcarão a saída da chanceler de 67 anos do comando do país, após cinco mandatos em 16 anos.

“Essencialmente, isso consiste em dizer que homens e mulheres são iguais na sua participação na sociedade ao longo da vida. Nesse sentido, posso agora dizer que sou uma feminista”, disse ela durante conversa com a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Ela acrescentou:

“Na minha opinião, o feminismo está vinculado a um movimento que luta pela inserção da igualdade de gênero na agenda social”.

Segundo analistas políticos europeus, a manifestação representa uma das posições mais claras de Angela em favor do movimento, depois se posicionar de maneira ambígua sobre o assunto nos últimos anos.

Há alguns anos, a jornalista alemã Miriam Meckel fez a mesma pergunta a Angela, líder do partido União Democrata Cristã (CDU), mas a chanceler deu uma resposta pouco clara. Agora, o posicionamento se mostra mais enfático.

“Antes eu era mais tímida, mas agora refleti melhor sobre isso. Nesse sentido, posso dizer que, sim, todos deveríamos ser feministas”, explicou, parafraseando o livro da própria africana, intitulado “Sejamos Todos Feministas”.

Eleição

As mais recentes pesquisas de intenção de voto na Alemanha mostram que o partido de Angela Merkel, a CDU, caiu para 19%. Já o seu principal rival, o Partido Social Democrata (SPD), tem 25%. Em terceiro aparece o Partido Verde com 17%, seguido pelo Partido Liberal (também conhecido como “Democratas Livres”) com 13%.

Merkel fez um apelo para que os eleitores apoiem seu candidato, Armin Laschet. Para isso, ela tentou vincular o SPD, que lidera as pesquisas, ao partido da esquerda tradicional, o Die Linke:

“Os cidadãos têm uma escolha em alguns dias: ou um governo que aceita o apoio do partido (de extrema-esquerda) Linke com o SPD e os Verdes, ou ao menos não o exclui, ou um governo federal liderado pela CDU e a CSU com Armin Laschet como chanceler – um governo federal que leve nosso país ao futuro com moderação”.

A fala de Merkel foi direcionada a parlamentares da Câmara Baixa do Parlamento. Esse foi provavelmente o seu último discurso na casa.

O SPD só conseguiu liderança nas pesquisas no mês passado. Assim, há uma grande incerteza a respeito da eleição que determinará o rumo futuro da Alemanha, a maior economia da Europa e seu país mais populoso, depois de 16 anos da liderança firme de centro-direita de Merkel.

Depois de perderem a dianteira nas pesquisas, os conservadores estão contando cada vez mais com alertas sobre uma guinada para a esquerda em uma coalizão liderada pelo SPD para tentar ressuscitar sua campanha em apuros.

Na segunda-feira, o Die Linke se apresentou como aspirante a parceiro de coalizão ao SPD e aos Verdes. O candidato a chanceler do SPD, Olaf Scholz, vem se distanciando do Linke, e diz que o partido é inadequado para um governo enquanto não se comprometer claramente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma parceria transatlântica com os Estados Unidos e finanças públicas sólidas.

Merkel disse que Laschet, o seu candidato, lideraria um governo que defende “estabilidade, confiabilidade, moderação e o meio-termo – e é exatamente isto que a Alemanha precisa”.

Mas a promessa de “constância” de Laschet não está ecoando em eleitores preocupados com a mudança climática, a imigração e a pandemia de coronavírus. Falando depois de Merkel, Scholz disse à câmara baixa do Parlamento: “Um novo começo é necessário, e espero e estou certo de que triunfará”.

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