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Por Redação O Sul | 27 de março de 2016
O anúncio do PMDB do Rio de Janeiro de que pretende se afastar da presidenta Dilma Rousseff abalou a ala governista do partido e também o Palácio do Planalto. Em sentido inverso, deu força ao grupo peemedebista pró-impeachment, que decidiu acelerar o trâmite do processo na Câmara dos Deputados. A previsão é votar o pedido de afastamento antes de 17 de abril.
Aliados do vice-presidente Michel Temer afirmaram que ele se prepara para assumir o governo em maio e, por isso, também intensificou nos últimos dias as articulações no mundo político e empresarial nesse sentido.
A intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manifestada a aliados, é aprovar o impeachment o mais rápido possível. O relator do pedido de afastamento na Comissão Especial, Jovair Arantes (PTB-GO), já teria avisado o peemedebista de que vai apresentar parecer favorável à saída de Dilma.
Cunha também não desistiu de incluir a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no pedido de impeachment que tramita na Comissão Especial e tem como base as pedaladas fiscais da atual gestão.
A pressa e o otimismo dos peemedebistas pró-impeachment também se devem às dificuldades do Planalto e do PT em definir na Justiça a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Sem o cargo e os poderes dele, Lula está praticamente impossibilitado de fazer a articulação com o PMDB e demais partidos da base. O petista, no entanto, recorreu ao Supremo Tribunal Federal em busca de recuperar o direito de assumir a pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.