Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
Filho Zero Quatro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Jair Renan (PL) apresentou uma moção de apoio à anistia aos bolsonaristas que foram condenados e presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O parlamentar criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter decidido prender “cidadãos de bem” e afirmou que a Corte tem sido usada para fazer perseguição ideológica contra quem se opõe ao governo Lula.
Segundo Jair Renan, os apoiadores do ex-presidente que foram presos receberam do STF “tratamento severo, desproporcional e ideologicamente orientado”.
Eleito para um cargo público pela primeira vez, Jair Renan estreou na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú (SC) se alinhando ao discurso do pai e dos conservadores pela defesa do perdão aos acusados de invadir a Praça dos Três Poderes.
A eventual concessão de anistia, que está sendo discutida no Congresso, pode favorecer, inclusive, o pai do vereador, já que Bolsonaro também é réu por tentativa de golpe de Estado.
Em seu discurso que teve o STF como alvo principal, Jair Renan afirma que a Corte decidiu prender inocentes, enquanto permite que políticos corruptos continuem soltos. O parlamentar citou como exemplo os casos do presidente Lula e do ex-governador Sergio Cabral, ambos presos no âmbito da Lava- Jato e postos em liberdade quando os processos foram anulados pela Justiça.
Perseguição ideológica
“Esses episódios demonstram claramente como o nosso judiciário, destacando-se aqui a corte máxima do nosso país, tem sido utilizado como ferramenta de perseguição ideológica, punindo severamente quem ousa se manifestar contra o atual governo e protegendo seletivamente os seus aliados”, escreveu o vereador.
“O maior de todos esses absurdos, é o caso do atual presidente da República, que só não está preso nem inelegível graças às firulas jurídicas articuladas pelo STF, que atuou como verdadeiro e incontestável fiador político de sua candidatura, mesmo com um vasto histórico de processos e escândalos que mancham a história recente do país”, completou.
O vereador utilizou ainda um caso envolvendo o deputado federal André Janones para criticar a atuação do Judiciário. Afirmou que Janones confessou ter praticado “rachadinha” e, mesmo assim, segue impune.
Para ilustrar o que chama de injustiças cometidas pelo STF, Jair Renan mencionou o caso do empresário Cleriston Pereira da Cunha, que foi preso e morreu na cadeia por problemas de saúde. As informações são da revista Veja.