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Política Decisão de cancelar patrocínio do Banco do Brasil à Agrishow, após o desconvite ao ministro da Agricultura, ocorre quando o evento ganha características políticas e ideológicas; ação para privilegiar presença de Bolsonaro desagradou ministros de Lula

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O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou presença na feira. (Foto: José Dias/PR)

O Banco do Brasil vai retirar o patrocínio da Agrishow, a feira de tecnologia agrícola que é um dos principais eventos do setor no país. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta. A medida acontece após o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, afirmar que foi “desconvidado” do evento, após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter confirmado presença.

Em declaração ao “Blog da Andréia Sadi”, Fávaro disse que a organização do evento “não desceu do palanque” e queria constrangê-lo ao mudar sua apresentação para que ocorresse após a participação do ex-presidente.

O ministro da Secom, Paulo Pimenta, argumentou que a decisão de retirar o patrocínio foi tomada porque o evento foi politizado e, devido a isso, não deve receber recursos públicos. O governo não informou qual seria o valor do patrocínio dado pelo Banco do Brasil ao evento. O Banco do Brasil vai manter seu stand na feira, mas a presidente do BB, Tarciana Medeiros não irá.

“(O patrocínio será retirado devido a) Descortesia e mudança de caráter de um evento institucional de promoção do agronegócio para um evento de características políticas e ideológicas. Ou é uma feira de negócios plural e apartidária, ou não pode ter patrocínio púbico”, disse Pimenta.

O agronegócio tem travado uma relação sensível com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o período eleitoral. O governo tem tentado ampliar seu trânsito no agro, que é um dos setores onde o ex-presidente Jair Bolsonaro tem ampla capilaridade.

Procurado, o Banco do Brasil afirmou apenas que “estará presente na Agrishow por meio de sua atuação comercial para realização de negócios e atendimento aos seus clientes”, sem responder sobre o patrocínio em si. “O Banco do Brasil tomará as medidas cabíveis se, durante a feira, houver qualquer desvio das finalidades negociais previstas”, acrescentou a instituição.

Reforma agrária

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou neste sábado (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar em maio um “plano emergencial” para a reforma agrária. Paulo Teixeira deu a declaração em São Paulo, onde participou de um evento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Durante a campanha do ano passado, o então candidato Lula afirmou que, se eleito, determinaria medidas para reforma agrária.

“Esse diálogo [com o MST], agora, o próximo passo dele será nossa presença na feira da reforma agrária, no mês de maio. E o presidente Lula deve anunciar o lançamento de um plano emergencial de reforma agrária no Brasil”, afirmou Paulo Teixeira neste sábado.

Questionado sobre quando acontecerá o anúncio de Lula, ele respondeu que deve ser em maio.

A declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário acontece três dias após a Câmara dos Deputados ter criado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar invasões do MST neste ano.

Paulo Teixeira tem contestado a criação CPI, afirmando que a comissão não tem o que investigar uma vez que, segundo ele, não há atualmente terras invadidas pelo MST. Para o ministro, a criação da CPI visa “alimentar luta”, uma vez que as ocupações tiveram “caráter de protesto”.

“[A CPI] vai investigar o quê? Vai investigar ocupações que não existem mais, famílias que já não estão naquelas terras?”, questionou o ministro.

“Eu não vejo razão senão alimentar luta política, ideológica e que não serve a ninguém, não move o país e não resulta em algo positivo para o país. Eu acho que o Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”, acrescentou Teixeira na ocasião.

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