Por Redação O Sul | 9 de junho de 2025
Desde que assinou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar (D) já mudou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe
Foto: Alan dos Santos/PRA defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende questionar pontos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, durante interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (9).
“Vamos fazer os questionamentos que tem que ser feitos. É a primeira vez que vamos estar com o delator, então nós vamos questionar”, diz Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro.
Nesta segunda, o STF inicia os interrogatórios do principal núcleo de envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022, o chamado núcleo 1, do qual o ex-presidente faz parte. Desde que assinou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar já mudou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe.
Entre as contradições de Cid, está a menção ao ex-ministro Walter Braga Netto, que teria participado da reunião para promover o que chamou de “caos social” e o vazamento de áudios em que Cid sustenta estar sendo pressionado pela Polícia Federal para revelar “coisas que não aconteceram”.
Durante a audiência, advogados de outros réus também devem manter a linha de desqualificar os apontamentos de Cid.
