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Política Defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro manifesta “surpresa” e questiona envio do caso para o Supremo

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Presidente brasileiro cancelou encontro depois de saber que chefe de Estado português almoçaria também com Lula. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro divulgou nota nesta sexta-feira (24) em que manifestou “surpresa” pelo fato de o inquérito em que ele é investigado ter sido remetido para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão de enviar a investigação para o STF é do juiz Renato Boreli, da 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília. Ele atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF).

O MPF justificou que tem indícios, entre eles ligações telefônicas de Ribeiro, que mostram que o ex-ministro soube antecipadamente da operação de que foi alvo na última quarta (22) e que o presidente Jair Bolsonaro interferiu na investigação.

Operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) prendeu o ex-ministro e pastores com influência dentro do Ministério da Educação (MEC). A suspeita é que eles façam parte de esquema que liberava verbas da pasta para projetos em municípios em troca de propina.

Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e demais presos na operação foram soltos no dia seguinte à prisão, por determinação judicial.

Para a defesa do ex-ministro, o caso não deveria ter ido para o STF.

“O advogado Daniel Bialski, que patrocina a defesa do ex-ministro Milton Ribeiro, esclarece que recebeu com surpresa a decisão judicial de remessa dos autos da investigação contra seu cliente novamente para o Supremo Tribunal Federal”, escreveu a defesa.

Em seguida, o advogado afirma que, se há envolvimento de Bolsonaro, que tem foro privilegiado, a investigação não poderia ter sido determinada pela Justiça Federal.

“Observando o áudio citado na decisão, causa espécie que se esteja fazendo menção a gravações/mensagens envolvendo autoridade com foro privilegiado, ocorridas antes da deflagração da operação. Se assim o era, não haveria competência do juiz de primeiro grau para analisar o pedido feito pela autoridade policial e, consequentemente, decretar a prisão preventiva”, completa a defesa de Milton Ribeiro.

Conversa telefônica

Os telefonemas de Ribeiro foram gravados com autorização judicial. No dia 9 de junho, em conversa com a filha, ele relata que recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro.

Veja trecho da conversa:

— Milton Ribeiro: “A única coisa meio… hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?”, disse Ribeiro para a filha. O trecho está em investigação da Polícia Federal.

— Filha: “Ele quer que você pare de mandar mensagens?”

— Milton Ribeiro: “Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios, né?”.

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