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Economia Deflação foi menor para quem está no topo da pirâmide devido à alta das passagens aéreas e ao peso dos serviços

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Parte do alívio vindo dos combustíveis foi anulada pela alta de 8% das passagens aéreas. (Foto: Reprodução)

A deflação em julho foi maior para os segmentos de renda média, incluindo os de renda média alta e os de renda média baixa (ganho domiciliar de R$ 2.589,02 a 17.260,14), segundo dados divulgados na quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Isso porque o alívio no bolso foi puxado pelos combustíveis e pela energia elétrica e o peso desses itens no orçamento familiar varia conforme a classe social.

Nas duas pontas, renda baixa e renda alta, a queda nos preços da gasolina e da conta de luz – que puxaram a queda dos preços no mês passado – foram parcialmente anuladas devido ao peso dos alimentos para os mais pobres, de um lado, e da alta das passagens aéreas e dos serviços para o topo da pirâmide, de outro.

Os preços caíram 0,85% para famílias de renda média (com faixa mensal domiciliar entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07. A variação foi muito semelhante para as famílias de renda média baixa e renda média alta, ambos com deflação de 0,82% em julho. (veja quadro abaixo)

Para o grupo com renda muito baixa (menor que R$ 1.726,01) o índice foi de – 0,34%. Os que se enquadram no segmento de renda alta (acima de R$ 17.260,14) experimentaram um recuo de 0,42%.

Considerando a média geral, o IPCA – que mede a inflação oficial no país – foi negativo em 0,68%.

De acordo com a análise do Ipea, o que contribuiu para a deflação no caso das famílias de menor renda foi o desempenho do grupo Habitação, com reduções de 5,8% da energia elétrica e de 0,36% do gás de cozinha, após sucessivas altas em 2022.

Mas a queda nesses preços foi parcialmente anulada pela alta de alimentos e bebidas, que subiram 0,28% em julho, segundo o IPCA. Quem possui renda muito baixa dedica uma fatia maior do orçamento aos gastos com comida.

Alta de 8% das passagens aéreas

Já o grupo Transportes, responsável por grande parte do recuo da inflação de julho, com quedas de 15,5% da gasolina e de 11,4% do etanol, está mais presente nos gastos das famílias de classe média.

Chama atenção o fato de as famílias de renda média terem tido alívio maior que as de renda alta. Isso aconteceu porque o segmento de alta renda viaja de avião com mais frequência. Assim, parte do alívio vindo dos combustíveis foi anulada pela alta de 8% das passagens aéreas.

Segundo a pesquisadora Maria Andréia Parente Lameiras, autora do estudo, o peso do grupo transportes, é muito próximo nas faixas de renda média e alta, mas o peso do subgrupo “combustíveis” é relativamente maior nas classes de renda média, enquanto o subgrupo “transporte público” é maior na classe de renda alta, explicado pelo peso das passagens aéreas.

“Logo, em julho, como houve queda de preço dos combustíveis e alta de preço das passagens aéreas, o alívio inflacionário vindo do grupo transportes foi maior para as classes de renda média”, analisa Maria Andréia.

Paralelamente, a pesquisadora diz que a aceleração dos preços dos serviços, como educação, também pesou mais para o segmento de alta renda, contribuindo para uma deflação menor.

Pressão menor dos alimentos

A pesquisadora lembra que a alta generalizada nos preços dos alimentos em domicílio é explicada pelo reajuste dos derivados do trigo e do leite e faz uma projeção para o próximo trimestre:

“No caso do trigo, além do aumento esperado da safra brasileira, a volta da comercialização dos grãos produzidos na Ucrânia deve aumentar a oferta deste produto. No caso do leite, os meses de junho e julho trazem aumentos sazonais, dado o período de entressafra, ainda que, de fato, em 2022, eles tenham ocorrido em magnitude mais intensa por conta do aumento nos custos de produção”, diz. As informações são do jornal O Globo.

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