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Brasil Delator disse que ganhava propina para ajudar conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

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Paulo Roberto Cortez, foi o primeiro a fechar acordo de delação na Zelotes. (Foto: Reprodução)

O ex-auditor Paulo Roberto Cortez fechou o primeiro acordo de delação premiada no âmbito da Operação Zelotes e revelou aos investigadores como funcionava o esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), o “Tribunal da Receita”. Cortez detalhou que votos de conselheiros eram “encomendados” por empresas que deviam fortunas ao Fisco e que funcionários do setor eram remunerados “por fora” em troca de informações sigilosas dos processos.

A delação do ex-auditor, homologada no dia 7 pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, foi revelada pela repórter Camila Bomfim, no Bom Dia Brasil, da TV Globo, e confirmada pelo Estadão.

O Itaú-Unibanco, que adquiriu operações do Bank Boston, esclareceu “que não é parte do processo”. “O Itaú não tem e não teve qualquer ingerência na condução de tais processos nem tampouco qualquer benefício das respectivas decisões. O Itaú esclarece, ainda, que nenhum dos denunciados foi funcionário ou diretor desta instituição.”

Cortez, o delator, que foi conselheiro do Carf até 2007, afirmou, ainda, como o Bank Boston se livrou de multa milionária – o tribunal administrativo julga recursos de empresas e bancos contra autuações da Receita.

Ele disse que em 2012 recebeu do então conselheiro Valmir Sandri um voto para o caso do Boston e “a orientação de adaptar o texto aos padrões do conselho”. Sandri nega enfaticamente envolvimento com o esquema instalado no Carf.

O delator contou que, por meio de dois recursos ao colegiado, o Bank Boston conseguiu reduzir multa de 600 milhões de reais para uma quantia inferior a 100 milhões de reais.

Cortez confessou que ganhava 10 mil reais todo mês em dinheiro vivo para orientar um outro ex-conselheiro, José Ricardo da Silva, que seria também dono de uma “consultoria” que atuava em casos submetidos ao colegiado. O delator disse que o ex-conselheiro “não sabia fazer” o trabalho no Carf.

“Na área de Imposto de Renda, ele [Ricardo] não tinha conhecimento, tampouco em contabilidade. Então, antes de cada sessão, quando eu trabalhava com ele, eu fazia as devidas explicações, repassava para ele o material e fazia as explicações de cada matéria a ser tratada em cada julgamento”, afirmou Cortez.

Com a palavra, o Itaú-Unibanco

“O Itaú Unibanco esclarece que não é parte do processo e não teve acesso à decisão mencionada. O Itaú reafirma que, em 2006, adquiriu as operações do BankBoston no Brasil, sendo que o contrato de aquisição não abrangeu a transferência dos processos tributários do BankBoston, que continuaram sob inteira responsabilidade do vendedor, o Bank of America. O Itaú não tem e não teve qualquer ingerência na condução de tais processos nem tampouco qualquer benefício das respectivas decisões. O Itaú esclarece, ainda, que nenhum dos denunciados foi funcionário ou diretor desta instituição.”

Com a palavra, o Bank of America

A assessoria de imprensa do Bank Of America afirmou que a instituição financeira não irá se manifestar.

Com a palavra, o advogado

“Com relação à menção de José Ricardo Silva na colaboração premiada da Operação Zelotes, anunciada há pouco pelo MPF/DF, a defesa informa que vai pedir acesso ao teor do acordo para depois se manifestar”, disse o advogado Marlus Arns de Oliveira. (AE)

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https://www.osul.com.br/delator-disse-que-ganhava-propina-para-ajudar-conselheiro-do-conselho-administrativo-de-recursos-fiscais/ Delator disse que ganhava propina para ajudar conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 2017-08-11
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