Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2016
Três delatores da Operação Lava-Jato no Brasil fecharam acordo com a Justiça norte-americana para prestar informações nos Estados Unidos sobre o esquema de corrupção na Petrobras: o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e os empresários Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, e Júlio Gerin de Almeida Camargo, consultor. Todos obtiveram imunidade total e não pagarão multas.
A Corte de Nova York marcou para 19 de setembro o julgamento das ações movidas por investidores norte-americanos que compraram papéis da Petrobras e se sentiram lesados pela desvalorização dos papéis após o escândalo de corrupção revelado pela Lava-Jato. Eles pleiteiam indenizações que, somadas, podem alcançar até 90 bilhões de dólares.
Os norte-americanos deverão vir para o Brasil para ouvir outros delatores da Lava-Jato, o doleiro Alberto Youssef, que ainda não fechou acordo na Justiça dos EUA por estar preso. Inicialmente, a intenção do doleiro era obter o green card, cartão de residência permanente nos Estados Unidos.
A Petrobras assumiu, em 2015, prejuízo de 6,2 bilhões de reais com a corrupção. Os procuradores da Lava-Jato afirmam que o prejuízo passa de 20 bilhões de reais, e a Polícia Federal já chegou a fazer uma estimativa de 42 bilhões de reais. (AG)