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Brasil Delatores dizem que Odebrecht pagou por influência no BNDES

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Fernando Reis relata influência na Camex. (Foto: Reprodução)

A Odebrecht pagou propina para ter acesso a documentos sigilosos e influenciar em decisões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Camex (Câmara de Comércio Exterior), de acordo com depoimentos de ex-executivos da empresa ao Ministério Público Federal. A empresa também tentava definir políticas econômicas, como a criação de um banco de fomento às exportações.

Os delatores Fernando Reis e Antonio de Castro afirmaram que a ex-funcionária do Banco Central e da Camex Maria da Glória Rodrigues fazia o meio-campo da empreiteira com câmara. Mesmo fora dos órgãos públicos, ela continuava mantendo influência e atuando como uma espécie de consultora da Odebrecht nas questões de créditos para exportação. Nas planilhas de propina, ela recebeu o apelido de “Barbie”.

Reis conta que em 2006 ela tinha um “crédito” de R$ 10 milhões para receber de forma parcelada da Odebrecht. Além de valores por sua consultoria, seus pagamentos eram associados a uma taxa de sucesso dos projetos da Odebrecht na Camex.

A Camex é o órgão responsável por definir as diretrizes do comércio exterior brasileiro, como tarifas de importação, realização de acordos bilaterais e a política de financiamento de exportações. O interesse da Odebrecht era sobre as atividade dos Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), órgão vinculado à Camex.

Os delatores contaram que Maria da Glória também ajudava na aprovação de novos projetos no Cofig. Castro disse que ela atuou em favor da empreiteira em países como Angola e Moçambique. Ela ajudava a companhia e os governos estrangeiros a se adequarem aos parâmetros para financiamento brasileiro de obras que seriam tocadas pela Odebrecht.

Interferência no BNDES

João Nogueira, ex-diretor crédito à exportação da Odebrecht, afirmou também em delação que a empresa também mantinha influência sobre o BNDES por meio de Melin. Segundo ele, a empresa firmou um contrato a DM Desenvolvimento de Negócios Internacionais, de Álvaro Vereda, indicado por Melin. Era via DM que a propina acontecia, como serviço de consultoria.

O delator ressaltou que, quando assumiu a função em novembro de 2010, o próprio Melin disse que Vereda poderia ajudar na estruturação de crédito à exportação e sugeriu a renovação do contrato com a DM, com a anuência de Marcelo Odebrecht.

O próprio Marcelo deu detalhes, em um de seus depoimentos, sobre a contratação da empresa de consultoria do Vedera, por R$ 12 milhões, para agradar o Melin.

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https://www.osul.com.br/delatores-dizem-que-odebrecht-pagou-por-influencia-no-bndes-e-na-camex/ Delatores dizem que Odebrecht pagou por influência no BNDES 2017-04-22
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