Terça-feira, 30 de setembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Delegados da Polícia Federal disseram que não admitirão pressão e pediram “serenidade” a Temer

Compartilhe esta notícia:

Um inquérito em curso no STF apura se Temer recebeu propinas, por meio de intermediários, para favorecer empresas portuárias. (Foto: Divulgação)

Em nota divulgada na sexta-feira (27), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal) afirmou que “não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos Delegados de Polícia Federal” na condução das investigações, incluindo a envolvendo o presidente Michel Temer.

A entidade afirmou ainda que “é necessário serenidade” por parte do presidente “para que suas manifestações não se transformem em possíveis ameaças e venham exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal”.

A manifestação é uma resposta ao pronunciamento do presidente feito, após o jornal Folha de S. Paulo informar que a PF suspeita que obras nas casas de parentes do presidente tenham sido usadas para lavar dinheiro. No discurso, Temer negou as acusações e disse que só um “irresponsável e mal intencionado ousaria tentar incriminá-lo”.

Temer ainda criticou o que chamou de “vazamentos irresponsáveis” e disse que iria pedir ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungman, a abertura de um inquérito para apurar vazamentos. Jungmann atendeu ao pedido e determinou uma investigação sobre o fato.

Na nota, a ADPF afirma que “é muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações. Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do País, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal”.

O texto ainda aponta que a instituição não protege nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública e que vários documentos do inquérito de Temer estão públicos. “É fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional”, segue a nota, que afirma ainda defender a apuração de supostos vazamentos “por qualquer das instituições que manuseiam os autos”.

Pronunciamento

Temer disse na sexta-feira, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que é vítima de uma “perseguição criminosa disfarçada de investigação”. A declaração foi dada em resposta à suspeita da Polícia Federal de que ele teria lavado dinheiro de propina com o pagamento de reformas em casas de familiares e dissimulado transações imobiliárias em nome de terceiros, na tentativa de ocultar bens.

Temer afirmou que as investigações têm como propósito um ataque moral. “É contra a minha honra e, pior ainda, são mentiras que atingem minha família e meu filho que tem 9 anos de idade”, declarou. Ele se disse alvo de “vazamentos irresponsáveis” e afirmou que vai pedir a apuração disso ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, ao qual está subordinada a PF. “Se pensam que atacarão minha honra, da minha família e vão ficar impunes, não ficarão sem resposta, como esta que estou dando agora.”

“Vou sugerir ao ministro Jungmann que apure internamente como se dão esses vazamentos irresponsáveis porque, mais uma vez eu digo, não é a imprensa que vai lá de forma escondida para examinar os autos. Os dados são fornecidos por quem preside o inquérito, que comanda o inquérito, seja onde for, e naturalmente quando isso chega à imprensa, a imprensa divulga”, afirmou. Temer é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) em um inquérito sobre a edição de um decreto para o setor portuário.

 

 

 

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

No Brasil, goleira da seleção americana de futebol se desculpa por “kit anti-zika”
Brasileira formada no Bolshoi em Santa Catarina vence concurso mundial de dança
https://www.osul.com.br/delegados-da-policia-federal-disseram-que-nao-admitirao-pressao-e-pediram-serenidade-a-temer/ Delegados da Polícia Federal disseram que não admitirão pressão e pediram “serenidade” a Temer 2018-04-28
Deixe seu comentário
Pode te interessar