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Demagogia supera interesse público

A senadora peronista lidera as pesquisas de intenção de voto contra Macri, que tentará a reeleição. (Foto: Reprodução)

Se muitos dos parlamentares em Brasília se olharem no espelho, verão os responsáveis pelo aumento do déficit público. A começar pela recusa em discutir e votar este ano a reforma da Previdência, sistema cronicamente descapitalizado. Ignoraram a existência do déficit de 268 bilhões e 800 milhões de reais em 2017.

Descompromissados

Os que se opuseram à reforma da Previdência não se deram ao trabalho de apresentar um número sequer para sustentar a posição. Vieram com argumentos falaciosos para enganar quem não tinha conhecimento dos dados desastrosos. Desprezaram o interesse de milhões de aposentados e de futuros segurados.

Abacaxi pela frente

É indispensável que os candidatos à Presidência da República falem sobre a velocidade incontrolável de crescimento do déficit público, que provoca a cobrança de mais impostos. O dinheiro usado para tapar o rombo das contas públicas deveria formar a poupança, capaz de gerar empregos.

Não podem fugir do tema

Nenhum dos candidatos abordou ainda, com profundidade, o critério usado para nomeações dos ministros do Supremo Tribunal Federal. No sistema atual, o presidente da República age como imperador. Leva a uma percepção da sociedade de que prevalecem apenas afinidades políticas na livre escolha.

Esforço de recuperação

Com Lula liderando as pesquisas, o PT vai em busca do eleitorado que perdeu. Em 2016, reduziu de 644 para 261 prefeituras, entre as quais São Paulo, joia de todas as coroas e detentora do terceiro maior orçamento público do País.

Agora são os dois

Desde maio, em sucessivas entrevistas, Jair Bolsonaro repete que “não é um salvador da pátria”. Equivale a um habeas corpus preventivo, diante da esperança que seus eleitores têm de que ele resolverá todos os problemas do País.

Ontem, o economista Paulo Guedes, sempre citado por Bolsonaro como autor das melhores fórmulas e projetos, antecipou-se, dizendo que “não será um superministro”. Procura escapar de cobranças futuras se, na hipótese de vitória, assumir o poder. Prova também de que a súbita ascensão ao estrelato da política não vai tirá-lo do prumo.

Abundância

Não faltarão cabos eleitorais a partir de agora. O presidente eleito poderá nomear 25 mil apoiadores para cargos em comissão.

Devagar

O governo do Estado demorou muitas semanas para dizer com clareza que o fechamento de escolas decorre da reorganização da rede. É consequência da redução demográfica em algumas regiões. Ao mesmo tempo, a Secretaria da Educação reafirmou que nenhum aluno ficará fora da sala de aula.

Olha o despertador

Com a previsão de tempo bom, amanhã, é possível que a campanha eleitoral em Porto Alegre desperte e dê alguns bocejos no Brique da Redenção. Até aqui, dormiu.

Demorado

Analistas de economia avaliam que as repercussões do abalo com a greve dos caminhoneiros vão cessar somente em setembro.

Efeito

Juíza condenou ontem o candidato João Doria com a suspensão dos direitos políticos por quatro anos. Uma dedução: se for preso, subirá nas pesquisas.

Coincidência

Dilma Rousseff e Aécio Neves escolheram a mesma cidade para fazer campanha hoje: Teófilo Otoni, 470 quilômetros ao Norte de Belo Horizonte.

Correndo atrás dos votos

Deu no site do Senado: “Esforço concentrado ocorrerá em setembro”. Deverá ser para intensificar as campanhas eleitorais.

Modelo exportação

Na Argentina, a operação para investigar envolvimento da ex-presidente Cristina Kirchner em corrupção segue os passos da Lava-Jato.

Comparação

Dólar a 4,12. É mais do que candidatos com pretensões a governos estaduais e Presidência da República têm nas pesquisas.

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