Terça-feira, 23 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2025
Melhor jogador da última Champions League, Dembelé foi peça-chave do Paris Saint-Germain.
Foto: ReproduçãoO atacante francês Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain, foi condecorado nesta segunda-feira (22), com a Bola de Ouro. Ele superou o espanhol Lamine Yamal, jovem astro do Barcelona, para ser eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo.
Dembélé recebeu das mãos de Ronaldinho Gaúcho o troféu mais importante da noite concedido pela revista France Football no Théâtre du Châtelet, em Paris. A escolha pelo atacante francês do PSG impediu o Brasil de voltar a ter o melhor jogador do mundo depois de 18 anos – Kaká foi o último a ganhar, em 2007. Era esperado que Raphinha estivesse entre os três melhores, mas o brasileiro do Barcelona ficou em quinto lugar.
“Foi uma temporada fantástica”, celebrou o melhor jogador do mundo. “Estou nervoso”, admitiu ele ao lado do troféu no momento de discursar. “Estou muito orgulhoso de tudo que alcancei na minha carreira. É importante estar ao lado de grandes lendas, estou muito feliz”, acrescentou o atleta, visivelmente tenso e tímido no palco.
No momento dos agradecimentos, Dembelé mencionou sua mãe, que subiu ao palco posteriormente. Emocionado, ele reviu ao lado da mãe no telão parte de sua carreira, do início no Rennes no até o ápice no PSG.
Melhor jogador da última Champions League, sendo peça-chave quando o Paris Saint-Germain conquistou pela primeira vez na história o tão sonhado título continental, Dembélé atingiu objetivos que o brasileiro Neymar, justamente de quem herdou a camisa 10, não conseguiu em seis temporadas no clube francês: a Champions League e o Ballon d´Or.
O jogador nascido em Vernon, no norte da França, custou 50 milhões de euros ao Paris, valor da multa rescisória paga ao Barcelona, seu ex-clube, e se encaixou bem nas ideias de Luís Enrique. Não alcançou seu melhor nível ao lado de Messi no Barcelona, mas se encontrou junto de seus colegas no PSG, premiado pelo excelente jogo coletivo organizado pelo treinador espanhol.
Ponta veloz e habilidoso, Dembélé teve de mudar um pouco seu estilo de jogo com Luis Enrique e se tornou um atleta completo ao passar a ser, também, um atacante goleador. Ele foi destaque em todos os três títulos do time francês e encerrou a temporada com 35 gols e 16 assistências em 53 jogos.
Criada em 1956, a Bola de Ouro foi entregue pela 69ª vez. A honraria foi concedida de forma independente entre 1956 e 2009 e novamente a partir de 2016, após fim da parceria de seis anos com a Fifa, que, posteriormente, com o fim da fusão, criou o The Best.
A maioria dos 100 jornalistas de 100 países diferentes escolhidos pela France Football para compor o júri deu a Dembélé, entre 30 finalistas na lista elaborada por uma “comissão de notáveis” da revista, sua primeira Bola de Ouro.
O representante brasileiro na votação foi mais uma vez o jornalista Cléber Machado, hoje narrador da TV Record. Os jurados têm de dar 15 pontos para o melhor, na avaliação deles, e, na sequência, 12, 10, 8, 7, 5, 4, 3, 2 e 1.
Os votantes foram orientados a levar em consideração três critérios fundamentais para definirem seus votos: desempenho individual; desempenho coletivo e conquistas da equipe; classe e fair play.
A cerimônia desta segunda-feira também premiou a melhor jogadora do mundo, melhor treinador, melhor sub-21, melhor goleiro e melhor clube do mundo, todos troféus com categorias masculina e feminina. O Brasil teve três representantes em Paris, considerando todas as premiações – Botafogo, o técnico Artur Elias, da seleção brasileira feminina, o goleiro Alisson e o atacante Raphinha – e nenhum deles foi premiado.
Kaká foi o mais recente brasileiro condecorado ao ganhar o troféu em 2007, quando atuava pelo Milan. Além dele, levaram o prêmio Ronaldo (1997 e 2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho Gaúcho (2005).
Premiados na Bola de Ouro
– Melhor jogador sub-21: Lamine Yamal;
– Melhor jogadora sub-21: Vicky Lopez;
– Melhor técnico de time feminino: Sarina Wiegman;
– Melhor técnico do time masculino: Luis Enrique;
– Melhor goleiro: Gianluigi Donnarumma;
– Melhor goleira: Hannah Hampton;
– Maior goleador: Viktor Gyökeres;
– Maior goleadora: Ewa Pajor;
– Clube do ano (feminino): Arsenal;
– Clube do ano (masculino): PSG;
– Prêmio Sócrates – dedicado a ações sociais: Xana Foundation;
– Melhor jogadora: Aitana Bonmatí;
– Melhor jogador: Ousmane Dembélé.