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Brasil A denúncia contra o presidente Temer começa a ser discutida na Câmara dos Deputados e o governo tem pressa para tentar engavetar a acusação de corrupção

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O presidente Michel Temer inicia a batalha que pode ser decisiva para sua permanência no Palácio do Planalto. Denunciado por corrupção pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer precisa que 172 deputados se disponham a votar pela derrubada da denúncia contra ele ou se ausentem da votação no plenário que discutirá o tema. Se Temer tiver sucesso, a ação ficará engavetada até ele deixar o poder. Se 342 deputados derem o sinal verde para a tramitação da denúncia, o caso vai para o plenário do STF, (Supremo Tribunal Federal) que afastará Temer por 180 dias se também acatar a denúncia.

A primeira batalha de Temer é a escolha do relator da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente da comissão, disse que vai anunciar o nome do escolhido nesta terça-feira (04).

Como o processo é inédito na Câmara, Pacheco disse querer tomar cuidado para não adiantar etapas. “É um momento delicado, grave, que exige responsabilidade, isenção e independência, e esta deve ser a postura da comissão diante desse assunto”, disse.

Pacheco é do PMDB, o mesmo partido de Temer, mas tem atuação independente. Por isso, está sendo pressionado pelos governistas para escolher um nome simpático a Temer. A intenção da base de Temer é emplacar como relator um deputado que tenha recebido dinheiro de Temer nas eleições de 2014. Os dois favoritos são Alceu Moreira (PMDB-RS) e Jones Martins (PMDB-RS). Cada um recebeu 100 mil reais em 2014.

Para além da CCJ, o governo trabalha para conseguir os votos de 172 deputados para salvar Temer. Ainda que a base governista seja grande, não será uma missão fácil ou barata. A votação da aceitação ou não da denúncia será semelhante à do impeachment de Dilma Rousseff: nominal, com cada deputado indo ao microfone para declarar seu voto.

Com a exposição pública e a proximidade das eleições de 2018, muitos parlamentares temem atrelar seu nome ao de um presidente altamente impopular. Assim, a barganha deve ser intensa, aumentando a necessidade de o governo liberar cargos e verbas para conseguir os votos.

Levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo mostrou que apenas 45 deputados dizem abertamente que vão votar pela salvação de Temer. A maior parte ainda se diz indecisa.

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo também vai pelo mesmo sentido. Nenhum partido fechou posição a favor de Temer e devem iniciar nesta semana os debates internos a respeito do tema. É particularmente preocupante para o Palácio do Planalto a situação do PSDB, maior partido aliado ao governo e que conta com quatro ministros. Muitos deputados do partido defenderam o desembarque da sigla após as delações da JBS e podem votar contra Temer.

A partir da próxima sessão do Plenário, marcada para esta terça-feira, começa a contar o prazo de até dez sessões para Temer apresentar sua defesa. A argumentação será na linha de que o presidente foi alvo de uma armação de Joesley Batista. Encerrado esse período, a CCJ terá então até cinco sessões do plenário para concluir a análise do processo.

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