Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2023
O Departamento de Justiça americano abriu uma investigação sobre o vazamento de informações ultrassecretas nas redes sociais. Os documentos revelam, por exemplo, o grau de envolvimento dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia.
Os documentos foram divulgados primeiro no Telegram, e depois no Twitter. Imediatamente, uma força-tarefa foi armada pelo governo americano para derrubar as informações da rede.
O Departamento de Justiça abriu uma investigação e disse que está tratando do assunto com o Departamento de Defesa, mas não entrou em detalhes.
Militares russos esgotados
O jornal “The New York Times” teve acesso ao conteúdo dos documentos, que trazem informações detalhadas sobre as forças russas e ucranianas entre os meses de fevereiro e março deste ano. Segundo a reportagem, os papéis descrevem militares russos esgotados, lutando com um aparato militar comprometido.
Outro trecho revela a informação de um plano do Ministério de Defesa russo para lançar misseis contra o exército ucraniano, nas cidades de Odessa e Mykolayiv, no dia 3 de março.
Quase todas as agências de segurança da Rússia foram espionadas pelos Estados Unidos de alguma forma, diz a reportagem.
Aliados importantes
Agora, os Estados Unidos temem que estratégias do serviço de inteligência do país estejam comprometidas. Mas este não é o único problema que o governo americano enfrenta neste momento. Os documentos mostram ainda que o país espionou aliados importantes: informações confidenciais de governos como o de Israel, Coreia do Sul e Emirados Árabes também aparecem nas publicações.
Fontes do governo americano citadas pela agência de notícia Reuters suspeitam que a Rússia esteja por trás da divulgação dos documentos. Moscou ainda não se pronunciou.
Zonas de fogo
Um dos documentos discute os planos do Estado-Maior russo para combater os tanques que a Otan deu para a Ucrânia; os russos tinham planos para criar “zonas de fogo” e iriam treinar os seus soldados para ensinar os pontos fracos dos tanques.
O Ministério da Defesa da Rússia fez planos para atacar locais específicos das cidades de Odessa e Mykolaiv em 3 de março em locais que os russos acreditavam ser armazéns de drones (essa informação pode ter sido repassada aos ucranianos, para que eles se defendessem).
Um outro documento, com data de fevereiro deste ano, revela que o Comando Central de Defesa Nacional da Rússia reconhece, pelo menos internamente, que houve uma perda de capacidade de combate no leste da Ucrânia.
Uma outra página revelava que os russos estavam fazendo uma campanha de propaganda na África para que a população dos países africanos ficasse contra os americanos. As informações são do portal de notícias G1.