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Dependem de uma conversinha

CCJ rejeitou o relatório favorável à denúncia contra Temer. (Foto: Beto Barata/PR)

 

Levantamento da Folha de São Paulo mostra que há 141 deputados federais favoráveis à denúncia contra o presidente Michel Temer; 53 contra e 318 que não responderam à pergunta ou não sabem como votarão. A maioria desses está na fila para entrar no Palácio do Planalto e ter uma conversinha. Sairão falantes, declarando “não se mexe em time que está ganhando”.

EM BUSCA DO OURO

O presidente Temer decidiu ir à Alemanha, no final desta semana, para participar da reunião do G20. É uma tentativa de mostrar vitalidade e não sair do cenário. Aproveitará para correr atrás de financiadores estrangeiros. Sem dinheiro para investir em obras de infraestrutura, precisa adquirir a confiança fora das fronteiras. Com a avalanche de denúncias, envolvendo o primeiro escalão de Brasília, está difícil.

OUTRO CARIMBADO

Além de Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também viajará ao Exterior. Trata-se de um agrado ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, a quem caberá tomar conta do Palácio do Planalto por três dias. Eunício entrou na lista de denunciados pela Odebrecht.

MOEDA PARA CIMA

A disputa entre governistas e oposição no País está mais para escolha entre cara ou coroa, jogando depois a moeda para o alto. Foge a qualquer formulação lógica e racional, deixando que a sorte decida.

NÃO PARA DE AUMENTAR

O placar eletrônico Jurômetro chegou ontem à noite a 200 bilhões de reais. A contagem começou a 1º de janeiro deste ano e registra o total pago pelo governo federal para rolar sua dívida. O valor fica um pouco abaixo dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação para todo o ano.

O QUE PRECISA MUDAR

Desde a criação do Conselho Nacional de Desburocratização, na semana passada, chegam ao Palácio do Planalto centenas de e-mails, sugerindo medidas que agilizem processos. Muitos citam como exemplos a Bélgica e a Austrália, onde a inscrição de empresa é obtida em uma semana. No Brasil, estende-se por meses. Significa um desestímulo ao empreendedorismo.

ROTA DE COLISÃO

Na primeira semana de julho de 1987, a ala mais à esquerda do PMDB decidiu propor à convenção nacional do partido o afastamento do governo Sarney. Incluía a demissão de 16 ministros peemedebistas do total de 21. Houve rejeição da maioria. O senador Fernando Henrique Cardoso protestou: “O povo já não crê que o PMDB seja capaz de fazer as mudanças. Vamos acender essa chama e, se outros a apagarem, vamos acendê-la em outro lugar.

A 25 de junho de 1988, tendo Fernando Henrique como um dos líderes, surgiu o PSDB.

QUEM NOTOU A DIFERENÇA?

Em setembro, serão assinalados nove anos da promulgação da emenda constitucional que criou mais sete mil vagas de vereadores nas câmaras municipais de todo o País.

HÁ 95 ANOS

A 5 de julho de 1922, com três tiros de canhão estourou a rebelião do Forte de Copacabana. As causas foram o fechamento do Clube Militar e a prisão do marechal Hermes da Fonseca, cujo filho, capitão Euclides da Fonseca, liderou o movimento. Fracassou por falta de adesão. No dia seguinte, o grupo deixou o forte para enfrentar a tropa na Praia Vermelha. Morreram seis militares e um civil, o gaúcho Octávio Correa, que estava a passeio no Rio de Janeiro.

MANDA E NÃO PEDE

José Dirceu segue como a grande mão invisível do PT.

IDEIA ARQUIVADA

A crise econômica espantou os eternos frequentadores da Assembleia Legislativa que defendiam emancipações de distritos para se tornarem municípios.

SEM MISTURA

São definitivas as provas de que governabilidade e promiscuidade não rimam mais.

SUCESSO GARANTIDO

Produtores de TV cogitam realizar em Brasília uma série denominada Um Instante de Inocência. Encontrarão poucos atores.

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