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Geral Depois da Bahia, chuvas fortes devem atingir Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais no Réveillon

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Chuvas intensas na Bahia resultaram em mais de 20 mortes e mais de 30 mil pessoas desabrigadas devido a enchentes e deslizamentos. (Foto: Manu Dias/Gov-BA)

Após as chuvas intensas na Bahia, que resultaram em mais de 20 mortes e mais de 30 mil pessoas desabrigadas devido a enchentes e deslizamentos, Estados do Sudeste poderão ser os próximos a sofrerem com as tempestades, já no Réveillon. Um alerta enviado pela empresa de meteorologia Metsul, nesta terça-feira (28), diz que os volumes de precipitação devem ser muito altos em várias áreas do Sudeste, e o maior risco está em Minas Gerais, mas com previsões preocupantes também para São Paulo e Rio. O corredor de umidade que acometeu a Bahia já está se movendo em direção ao Sul.

Como Minas e Rio possuem muitas cidades em regiões serranas, a Metsul alertou para a possibilidade de deslizamentos e enchentes nos próximos 10 a 15 dias. Ou seja, além da virada do ano, os primeiros dias de 2022 podem ser afetados pelas tempestades. Em uma projeção feita pela empresa, com base no modelo meteorológico alemão Icon, foi detectada tendência de chuva forte nos próximos sete dias em Minas, com acúmulo de 200mm a 300 mm de precipitação em algumas cidades. No Sudeste, a capital com maior risco é justamente Belo Horizonte, e o volume de água acumulada, juntando a sua Região Metropolitana, poderia exceder os 200 mm na próxima semana.

Foram feitas, ainda, projeções da Metsul em outros dois modelos para previsões de período de 15 dias, com sinalização de volumes de precipitação de 300 mm a 500 mm acumulados em localidades no Sudeste, também com destaque para Minas. Mas áreas do Rio e de São Paulo também podem sofrer com chuvas excessivas. Em Campos de Jordão (SP), por exemplo, a média histórica é de 300 mm de chuva para o período inteiro de dezembro, então algumas cidades podem receber, em duas semanas, chuvas normalmente previstas para todo o mês. Tradicionalmente, é considerado que um acúmulo de 30 mm em uma hora resulta em enchentes, em centros urbanos, e o acúmulo de 100 a 120 mm em três dias, em áreas montanhosas, podem causar deslizamentos.

As projeções do Metsul apontaram também que as praias do litoral norte do Rio estarão, no réveillon, sob menos risco de tempestade em comparação com o litoral sul, a Costa Verde. Nesta terça, a cidade de São Paulo registrou chuva em todas as suas regiões. A capital entrou em “estado de atenção” para alagamentos às 12h25min.

Meteorologista do Metsul, Estael Sias diz que o centro-sul de Minas e o Norte de São Paulo são as regiões mais preocupantes no momento. Mas, a região serrana do Rio, as regiões metropolitanas do Rio e Espírito Santo, além de porções de Goiás e Mato Grosso também demandam atenção.

“Os resultados das projeções são preocupantes. Diante do cenário que já temos registrado, como na Bahia e norte de Minas, já há um ambiente de vulnerabilidade. Então o risco de transtornos no Sudeste é muito alto”, explicou Sias, que lembra que a situação na Bahia resultou da combinação do fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) com um ciclone subtropical observado há cerca de duas semanas, no Estado, o que acelerou o acúmulo de umidade.

Na segunda, o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) explicou que a tragédia baiana foi deflagrada pela ZCAS, colossal canal de umidade trazida do mar que “estaciona” sobre determinadas áreas, causando chuva intensa e inundação por dias. Essa massa de umidade irá se deslocar para o Sudeste e o Sul, o que motiva as previsões de chuvas. Ele afirmou, porém, que ainda não é possível saber se as precipitações acontecerão no mesmo nível dos registrados na Bahia. “A ZCAS se espalhou pela Bahia, o que é totalmente fora do normal, e despejou aguaceiros numa região cerca de 1.000 quilômetros ao norte da que costuma ocorrer (o Sudeste). E esse fenômeno, que por si só já seria raro, aconteceu duas vezes no mesmo mês”, disse Seluchi.

As Defesas Civis dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio se dizem em estado de cautela em relação às chuvas na última semana do ano. O monitoramento em curso, informam, é padrão para essa época do ano, em que tradicionalmente ocorrem pancadas de chuva com intensidade e recorrência – o que inclui a possibilidade de enchentes e deslizamentos. As informações são do jornal O Globo.

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