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Celebridades Depois de 37 anos de seu filme original, Rambo ressurge em plena era Trump para buscar vingança, agora na fronteira com o México

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O novo Rambo se passa na fronteira dos EUA com o México. (Foto: Divulgação)

Há um mês, a reportagem do jornal O Globo esteve no Espaço Itaú de Cinema em Botafogo para assistir ao novo Tarantino. Antes, Sylvester Stallone encheu a tela. Armas sendo carregadas, armadilhas com espetos, sangue, o olhar de peixe morto do personagem. Até que, ao final do trailer, o nome do filme aparece, “Rambo: Até o Fim”.

O cinema, lotado, caiu em gargalhadas. Quando foi que um personagem tão violento se tornou tão cômico, involuntariamente ridículo, a ponto de qualquer um dar risada quando ele é citado?

Não foi no primeiro lançamento da série, “Rambo – Programado para Matar”, de 1982. Baseado em um romance escrito dez anos antes por David Morrell, o filme era sério e pesado. Traduzia um sentimento pouco explorado até então pelo cinema americano, o de como a sociedade não acolheu bem os soldados que voltavam da guerra perdida no Vietnã.

Um problema agravado pelo fato de muitos desses homens chegarem em casa com graves problemas psicológicos, que lembravam o “shell shock”, o trauma de soldados da Primeira Guerra Mundial.

Esses dois fatos são a base da história de John Rambo, que, de blusão militar, chega a uma cidadezinha americana e logo se vê importunado pelo xerife. Em suas tentativas de sair da enrascada, Rambo explode e acaba literalmente mandando tudo pelos ares.

Esse “Rambo” não chegou a ser um grande sucesso, faturando US$ 150 milhões ajustados para hoje (ou R$ 615 milhões) nos Estados Unidos. Os filmes de Stallone como Rocky Balboa, em 1976, 1979 e 1982, fizeram duas ou três vezes mais.

Foi em “Rambo 2: A Missão”, de 1985, que a coisa degringolou. Ali, o personagem se tornou a cara do sistema conservador, republicano e patriótico de Ronald Reagan, o presidente americano entre 1981 e 1989. Na história, o herói era mandado de volta ao Vietnã.

A missão era libertar soldados americanos que estavam sendo mantidos como reféns, mesmo com o fim da guerra, dez anos antes. Com cenas que entrariam para o panteão da cultura pop, o filme faturou o dobro do primeiro.

“Rambo 2” encarnava descaradamente a revanche americana contra o Vietnã. Rambo, sozinho, dava uma lição naqueles “malditos amarelos comunistas”. Mas se isso era uma delícia de assistir, se você fosse um americano republicano, o mesmo não se pode dizer do resto do mundo, que viu outra coisa na tela: uma tentativa risível de reescrever a história da guerra que os EUA haviam perdido.

Duas outras sequências se passaram, sem alarde: “Rambo 3”, em 1988, no qual ele lutava contra as forças soviéticas no Afeganistão, e “Rambo”, de 2008, em que se envolve em uma guerra civil em Mianmar — na mesma outrora Indochina onde fica o Vietnã.

Seria coincidência que os ventos tenham trazido Rambo novamente agora, quando os EUA conservadores, republicanos e patrióticos de Donald Trump ressurgem com força?

“Rambo: Até o Fim” traz toda a parafernália divertida que o personagem sempre carregou. Mas agora estamos a um passo da fronteira americana com o México, inimigo de Trump.

Do outro lado dos muros e cercas, que aparecem algumas vezes, moram traficantes que vão raptar a filha de criação de John Rambo. É lá que o personagem busca vingança.

Ele atrairá os mexicanos para sua fazenda, onde, a despeito dos prados verdejantes, do sol e de uma aconchegante casa, prefere morar em túneis que ele construiu. Se inspirou em suas lembranças
do Vietnã, nas quais soldados comunistas cavavam abrigos.

É sintomático — com Trump no poder, Rambo pôde sair do buraco em que se escondia para encarar mais uma vez os covardes inimigos da América.

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https://www.osul.com.br/depois-de-37-anos-de-seu-filme-original-rambo-ressurge-em-plena-era-trump-para-buscar-vinganca-agora-na-fronteira-com-o-mexico/ Depois de 37 anos de seu filme original, Rambo ressurge em plena era Trump para buscar vingança, agora na fronteira com o México 2019-09-23
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