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Saúde Depressão, ansiedade e bruxismo: os novos usos do botox na medicina

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Uso desse composto na medicina se expandiu muito além das rugas. (Foto: Reprodução)

A toxina botulínica, mais conhecida como botox, é o tratamento estético mais popular do mundo para todas as faixas etárias. Entretanto, nos últimos o uso desse composto na medicina se expandiu muito além das rugas. Estudos e recomendações recentes indicam a aplicação de botox para a prevenção ou tratamento de diversas condições, como enxaqueca, depressão, bruxismo, caspa, suor excessivo e até mesmo algumas condições neurológicas.

Em 2021 (dado mais recente disponível), foram realizadas 7,3 milhões de aplicações de botox mundialmente, segundo informações da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). O número representa um aumento de 17,7% em relação ao ano anterior. Apenas no Brasil 542.520 mulheres e homens recorreram ao produto para disfarçar as marcas da idade.

A toxina botulínica age paralisando a musculatura por meio da interrupção da ação entre o nervo motor e o músculo. Por isso, a aplicação mais indicada é para a prevenção e tratamento de rugas, em especial as de expressão.

A aplicação faz com que os músculos das mímicas faciais relaxem e não se contraiam. Com a interrupção dos movimentos, a pele para de criar vincos e as rugas dinâmicas desaparecem.

Um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina de Hannover, na Alemanha, mostrou que quando aplicado na testa – na região entre as sobrancelhas –, o produto pode aliviar a depressão, além de amortecer emoções negativas em pessoas com transtorno de personalidade limítrofe, que sofrem de mudanças extremas de humor.

Parece estranho, mas as expressões faciais e o estado psicológico estão intimamente ligados. Os humores negativos são expressos no rosto na chamada região glabelar, a área da testa média inferior. Quando a toxina botulínica é injetada nessa região, os músculos ficam paralisados e as pessoas são incapazes de fazer expressões faciais de raiva, o que também reduz a intensidade das emoções.

Imagens de ressonância magnética confirmaram os efeitos neuronais da toxina botulínica em pacientes limítrofes. O produto influencia a chamada amígdala ou núcleo amendoado no lobo temporal do cérebro, onde os medos surgem e são processados. Na ciência, essa resposta é chamada de teoria do “feedback facial”.

“Uma testa relaxada transmite uma sensação mais positiva, por assim dizer”, explica o professor Tillmann Krüger, médico sênior e líder do grupo de pesquisa da Clínica de Psiquiatria, Psiquiatria Social e Psicoterapia da Escola de Medicina de Hannover, em comunicado.

A toxina botulínica também pode aliviar distúrbios de ansiedade quando injetado nos músculos da cabeça, nos músculos dos membros superiores e inferiores e nos músculos do pescoço.

Enxaqueca

Um corpo crescente de evidências apoia a eficácia da toxina botulínica na redução da frequência das crises de enxaqueca. O cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos Estados Unidos, explica que a toxina botulínica impede a compressão dos ramos dos nervos trigêmeo ou occipital, que é uma das causas dessa dor de cabeça extremamente dolorosa e incapacitante.

“Na técnica, são realizadas aplicações em diferentes áreas da cabeça e da região cervical. A toxina botulínica age como um bloqueador neuromuscular, impedindo a contração muscular e, por consequência, a compressão dos nervos sensitivos periféricos”, afirma Rubez.

Em geral, são três meses de intervalo entre as aplicações. A resposta ao tratamento é muito individual.

Além da enxaqueca, o botox é utilizado na neurologia para espasticidade, um distúrbio no controle muscular, caracterizado por tensão, rigidez, aumento dos reflexos dos tendões e incapacidade de controlar os músculos. O produto permite relaxar a musculatura, melhorando a posição de membros em pacientes neurológicos com derrame ou paralisia cerebral, por exemplo.

Bruxismo

O bruxismo é caracterizado pelo apertamento ou ranger involuntário dos dentes, em especial durante o sono, provocado por uma hiperatividade do sistema nervoso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge 30% da população mundial.

A aplicação do botox no masséter diminui o tônus muscular e, consequentemente, a força da mastigação, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento costuma ser indicado para pacientes que não respondem a terapias menos invasivas.

 

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https://www.osul.com.br/depressao-ansiedade-e-bruxismo-os-novos-usos-do-botox-na-medicina/ Depressão, ansiedade e bruxismo: os novos usos do botox na medicina 2023-05-25
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